Morre enfermeira Erna, famosa parteira de Brusque, aos 94 anos
Ela morreu na terça-feira, 28
Ela morreu na terça-feira, 28
Morreu na terça-feira, 28, aos 94 anos, Erna Jönk Weingärtner, uma enfermeira marcante reconhecida por seus trabalhos como parteira em Brusque. Ela atuou por anos na antiga Maternidade Cônsul Carlos Renaux.
O velório de Erna acontece na Capela Mortuária do Centro. Será realizado um culto às 15h30, o sepultamento acontece logo após, no cemitério Luterano do Centro. Ela deixa familiares e amigos enlutados.
Erna Jönk nasceu em 7 de agosto de 1931, no município de Brusque. Ela estudou na Deutsche Evangelische Schule, atual Colégio Cônsul Carlos Renaux. Movida pela vocação para o cuidado, decidiu seguir o caminho da enfermagem. Ao concluir os estudos em Brusque, partiu para a Europa, estabelecendo-se na Suíça, onde ingressou em uma escola de enfermagem.
De volta ao Brasil, em 1961 assumiu a direção geral da Maternidade Cônsul Carlos Renaux, em Brusque, tornando-se uma figura central na história da instituição. Como parteira e enfermeira, participou de milhares de nascimentos, ajudando a trazer ao mundo gerações de brusquenses. Por conta do trabalho, recebeu carinhosamente o apelido de “schwester Erna”, que em alemão significa: “enfermeira Erna”.
Em entrevista concedida anos mais tarde, ela o cotidiano de sua profissão: “Naquela época, as coisas eram bem diferentes de hoje. Mesmo eu, com o meu diploma estrangeiro, tinha toda a confiança e era esperado de mim tudo o que antes só os médicos faziam, inclusive os partos. Na Suíça, nunca uma enfermeira sem preparo poderia fazer isso. Mas aqui, esperavam que eu fizesse, e eu fiz. Muitas vezes, já de longe, a gente escutava o barulho de uma carroça chegando tarde da noite ou de madrugada — era uma parturiente que vinha. Toda nossa equipe se preparava para receber mais um brusquense que estava para nascer.”
Erna foi casada com o pastor Lindolfo Weingärtner, que faleceu em 2018, também aos 94 anos.
A enfermeira, junto com outras seis amigas, formou o Grupo das Sete (G-7), em 2009. O grupo tem o intuito de preservar a língua alemã. Ao lado dela participavam Marga Helga Erbe Kamp, Ursula Rombach, Carla Sievert, Odette Appel Brandes, Norma Archer, Sueli Orthmann Kock, Dorli Schlösser e Jutra Stauffer.
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