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Morre Ervin Fischer, morador mais velho de Guabiruba

Ele deixou 14 filhos e cinco irmãos

Na madrugada deste domingo, 7, faleceu Ervin Fischer. Morador mais velho de Guabiruba, ele completaria 102 anos dia 25 deste mês. Ele deixa 14 filhos e com cinco irmãos ainda vivos (três homens com mais de 80 anos)

Fischer é conhecido por conversar, cantar, brincar com os netos e ter no seu cachimbo um companheiro desde os 18 anos.

De família humilde e com nove irmãos, ele ouvia com dificuldades, mas sua visão era nítida, inclusive nas lembranças que carrega na memória.

Fazia questão de contar sobre a escola e o professor que não o ensinou a ler e escrever. Das dificuldades financeiras que o fizeram morar por cidades da região e retornar pra Guabiruba, na rua que leva o nome do seu pai: Alois Fischer. Orgulhava-se de ter trabalhado por 25 anos na empresa Iresa, em Brusque, e de ter sido um dos primeiros Pelznickels da cidade.

Seu Ervin foi casado com Regina Groh por 62 anos. Há 14 ela o deixou viúvo e a chegada dos netos auxiliou a suprir o vazio da ausência da esposa. Alegre e dócil, até os cem anos ele caminhava ao redor da casa, mas no último ano tem sentido o cansaço físico.

Além do filho e nora, a bengala auxiliava na locomoção, principalmente até a área, onde fumava, conversava e rememorava suas histórias. Pela manhã, tomava seu café ouvindo rádio. Passada a nota de falecimento, tirava o aparelho da tomada. E é para os falecidos que rezava todas as noites antes de dormir.

Em entrevista ao jornal O Município, no ano passado, ele disse que gostaria de viver até os 200 anos. “Mas se não der, não tem problema”, brincou. Afirmou com convicção que não tinha medo da morte, mas que gostava da vida.