Mudanças em procedimento da Celesc geram transtornos para imobiliárias de Brusque

Profissionais estavam tendo problemas com troca de titularidade e solicitação de novos pedidos de ligação de energia

Mudanças em procedimento da Celesc geram transtornos para imobiliárias de Brusque

Profissionais estavam tendo problemas com troca de titularidade e solicitação de novos pedidos de ligação de energia

Alguns procedimentos adotados pela Celesc no fim de fevereiro em relação a troca de titularidade e a solicitação de novos pedidos de ligação de energia causaram transtornos às imobiliárias de Brusque. A mudança na forma de realizar o processo gerou tanto desconforto e acabou atingindo outros município de Santa Catarina – como Florianópolis e Itajaí – que a estatal decidiu rever a medida imposta.

Devido a um histórico de muitos débitos existentes em unidades consumidoras no estado, a Celesc passou a exigir, além de documentos básicos, como RG e CPF e um formulário de solicitação dos serviços, uma ficha cadastral atualizada do imóvel, contrato do aluguel e CPF do locatário – documentos que deveriam ser reconhecidos em cartório.

Além disso, a estatal queria cobrar do proprietário do imóvel pendências antigas de inquilinos que deixaram o local sem saldar as dívidas.

O coordenador do Núcleo dos Corretores e Imobiliárias da Associação Empresarial de Brusque (AciBr), Horst Heinig, que também é delegado do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado (Creci/SC), diz que as exigências da Celesc estavam impossibilitando o trabalho dos corretores, que são responsáveis por realizar a troca de titularidade e solicitar uma nova ligação para o cliente. Às vezes os profissionais chegam a ter até dez solicitações diferentes para fazer e não conseguiam devido à burocracia imposta.

O coordenador entende que a estatal precisa receber dos clientes que não pagam seus débitos, porém, diz que o proprietário não pode se responsabilizar por dívidas de mais de cinco anos deixadas por um antigo morador.

Ele reclama também do atendimento da unidade em casos onde eram levados várias solicitações. Segundo Heinig, o atendente não queria fazer o procedimento de todos os clientes ( exemplo – cinco casos) exigindo que o profissional voltasse na fila para ser atendido um caso por vez.

“Foram muitos transtornos que atingiram várias imobiliárias de Brusque e do estado. Detalhes que impediam o nosso trabalho. Pela falta de um documento era preciso parar todo o procedimento em alguns casos”, argumenta o coordenador, que enviará formalmente um ofício à Celesc para que as reivindicações sejam resolvidas.

Reavaliação do procedimento
O gerente regional da Celesc de Blumenau, Cláudio Varella, diz que a mudança de procedimentos, de fato, causou transtornos aos usuários do serviço.

Ele destaca que a estatal precisou ser mais rigorosa para conseguir melhorar o cenário desfavorável, já que havia muitas pendências em aberto. “Uma das maneiras foi exigir maior comprovação do imóvel e de quem responderia por aquele espaço”.

No entanto, a Celesc observou que precisava rever a mudança imposta, já que estava causando sérios problemas ao consumidor. Varella diz que o órgão se sensibilizou com tantas reclamações e que, neste mês, novamente, está operando como antes. A unidade consumidora que não tem débitos, por exemplo, não precisará apresentar a documentação registrada em cartório.

“Estaremos avaliando a situação até o fim do mês para vermos se faremos mais alguns ajustes”, afirma.

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