“Não é um título, mas é como se fosse”, afirma Waguinho sobre acesso
Técnico quadricolor falou sobre futuro do clube e trajetória nesta Série D em entrevista coletiva
Waguinho Dias está marcado na história do Brusque como o técnico que conquistou o acesso à Série C do Campeonato Brasileiro. Ovacionado desde momentos antes do jogo até a festa do acesso, o técnico se mostrou orgulhoso com a classificação e quer que o clube continue a crescer. A coletiva de Waguinho Dias chegou a ser interrompida por um banho misturado com água, gelo e cerveja que o elenco do Brusque lhe deu, “invadindo” o restaurante do Augusto Bauer. Com as homenagens devidamente prestadas, a entrevista seguiu normalmente.
“Eu tinha a convicção de que iríamos vencer, pela nossa atuação na partida de ida e pelo que conhecemos do adversário em campo, além da confiança do torcedor. Não imaginei que fossem quatro [gols]”, comentou o técnico, que completa 56 anos nesta terça-feira, 23.
“É muito importante entrar na história de um clube como este. Ainda não conquistamos um título, mas este acesso é como se fosse. Hoje, o Brusque está numa Série C, sendo comentado em todo o Brasil.”
Para o técnico, o jogo que deu a impressão de que o Brusque estava maduro para subir foi a vitória por 1 a 0 sobre o Gaúcho (RS), em Passo Fundo, na fase de grupos. Na opinião de Waguinho, foi a vitória mais difícil. “Depois quando vencemos o Boavista por 3 a 0, ninguém mais nos seguraria”, comenta.
O técnico, que já marcou seu nome na história do Brusque, destaca que o clube precisa continuar crescendo, com um estádio próprio e com cada vez mais identificação com o torcedor. “A partir deste crescimento, não tenho medo em dizer que o Brusque será uma das maiores potências de Santa Catarina. Se hoje temos cinco, e o Joinville hoje não está bem, o Brusque que assumir esta quinta posição e depois buscar mais.”
A coletiva foi encerrada com a pergunta de um torcedor, sobre se Waguinho já pensava em manter a equipe na Série C. O técnico, com contrato até o fim do Campeonato Catarinense de 2020, respondeu sem rodeios.
“Eu costumo cumprir meus contratos. Lógico que se vier qualquer proposta, tem que ser avaliada por mim e pelos clubes. Não vou sair pelas portas dos fundos do Brusque. Se eu sair daqui, vai ter que ser uma proposta muito boa para a minha carreira (eu vivo disso), mas não deixarei o Brusque na mão em nenhum momento.”
Fala, artilheiro!
No evento com torcedores na Havan, realizado nesta sexta-feira, 19, Júnior Pirambu respondeu pergunta de um torcedor que queria marcar dois gols na decisão no Augusto Bauer. Foi justamente o que ocorreu.
“É uma felicidade imensa. É como se fosse um acesso de um time da minha cidade. Já me considero da cidade, já amo muito aqui. Fiz o que faço nos treinos, com fé, dando meu máximo. O grupo fez isto. Só penso agora na semifinal e em uma possível final, buscando o título.”