“Não vejo motivo para grande preocupação”, diz comandante da PM após ameaça de aluno em escola de Brusque

Otávio Manoel Ferreira Filho afirma que orientou medidas cautelares à direção da escola

“Não vejo motivo para grande preocupação”, diz comandante da PM após ameaça de aluno em escola de Brusque

Otávio Manoel Ferreira Filho afirma que orientou medidas cautelares à direção da escola

O comandante do 18° Batalhão de Polícia Militar (18 BPM) de Brusque, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, se manifestou à imprensa na tarde desta sexta-feira, 10, sobre supostas ameaças que um adolescente de 14 anos teria feito a professores e colegas da Escola de Ensino Fundamental Padre Theodoro Becker, no bairro Bateas.

Otávio trata a situação como um “fato isolado”, e disse que não vê motivos para grandes preocupações. Além disso, o comandante da PM afirma que orientou à direção da escola sobre medidas de cautela a serem tomadas.

“É um fato isolado no bairro Bateas. O aluno não está mais frequentando a escola. Ele fez uma ameaça para alguns colegas, referente à escola. Mas é um fato isolado do Bateas. Não tem nada a ver com qualquer outra escola do município”, afirma.

Além disso, o comandante da PM diz que a Polícia Militar considera as supostas ameaças como uma brincadeira de mau gosto. Ele esclareceu que tudo aconteceu após o adolescente ser “convidado a se retirar” da escola por indisciplina, e que as ameaças seriam como forma de retaliação à direção.

“Para nós, até que prove ao contrário, é uma brincadeira de mau gosto de um adolescente de 14 anos. Aparentemente não passará de uma brincadeira de mau gosto ou algo do gênero. A PM já está se inteirando e buscando apaziguar os ânimos, bem como conversar com o garoto e os pais, para descartar qualquer possibilidade de algum fato que possa sair da teoria para prática”, diz.

Ele afirma que pais de outros alunos da escola Padre Theodoro Becker e de outras unidades escolares do município podem ficar tranquilos e reforçou que não enxerga motivos para maiores preocupações. Porém, disse que “cautela nunca é demais”.

“Não há motivo para qualquer outro educandário na cidade de Brusque estar preocupado com este fato isolado no bairro Bateas. Quanto ao colégio, para tranquilizar os pais e alunos, também não vejo motivo para preocupações. Um pouco de cautela nunca é demais. Orientei a direção quanto a cautela, quem entra e quem sai da escola. Porém, não vejo motivo para grande preocupação”, comenta.

Histórico de violência questionado

Em contato com a reportagem de O Município, a mãe de uma aluna contradiz o fato informado pelo comandante da PM sobre o adolescente não ter histórico de violência. Ela disse que estas ameaças já eram de conhecimento da diretoria há mais de uma semana, e que nada foi feito para aumentar a segurança do local.

Ela conta que a filha, de oito anos, ouviu o aluno dizendo que “tinha tanto ódio da escola que queria entrar e matar todo mundo”. Após esta ameaça, a mãe, que preferiu não se identificar, foi até a instituição avisar a diretoria.

Conforme a informação repassada pela mãe, o aluno foi transferido para a atual escola em agosto deste ano. Isso teria ocorrido após ele ter agredido funcionários da antiga instituição de ensino que estudava. Segundo a diretora, o estudante já tinha histórico de agressões e ameaças.

A Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami) de Brusque já investiga o caso, informou o delegado Matusalém Júnior de Morais Machado. A Secretaria de Educação comunicou que também irá apurar a situação.

Prefeitura se manifesta

Na tarde desta sexta-feira, a Prefeitura de Brusque se manifestou sobre o assunto. A administração disse, em nota, que tomará as medidas cabíveis junto ao Conselho Tutelar e Polícia Civil. Confira a nota na íntegra:

Acerca da informação sobre denúncia de ameaça a estudantes e professores de uma unidade de ensino da rede municipal, a Secretaria de Educação de Brusque esclarece que, tão logo soube da ocorrência, orientou a direção da escola a tomar as medidas cabíveis junto ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil, que passam a acompanhar o caso. Ao mesmo tempo, reafirma que sua maior preocupação é a garantia da segurança e bem-estar de toda a comunidade escolar.


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