Nascimento de trigêmeas supreende pais e profissionais do Hospital Azambuja

Mãe não sabia que aguardava três filhas e todas estavam numa mesma placenta, o que é raro

Nascimento de trigêmeas supreende pais e profissionais do Hospital Azambuja

Mãe não sabia que aguardava três filhas e todas estavam numa mesma placenta, o que é raro

A madrugada do último domingo, 5, foi de surpresa para a equipe que estava de plantão no Hospital Azambuja, em Brusque. O grupo fez o parto das gêmeas de Fernanda de Souza dos Santos, de 26 anos. Tudo corria normalmente no parto das meninas: Eloá nasceu primeiro, às 2h22, pesando 2,24 kg e medindo 47 cm; em seguida, quem chegou foi Heloisa, às 2h24, com 2,28 kg e 48 cm.

Porém, logo depois, a enfermeira auxiliar do obstetra anuncia a chegada de uma terceira e inesperada presença. Nascia então, às 2h26, a terceira menina, a pequena Helena, com seus 1,8kg e 45 centímetros.

“Foi um susto imenso, porque a gente não esperava. Eu fiz todos os exames e sempre mostrava apenas duas, e eu só acreditei quando a enfermeira a mostrou para mim”, conta a mãe das primeiras trigêmeas que nasceram no Hospital Azambuja, em Brusque.

Segundo o pediatra Silvio David Monarim, que acompanhou a cesárea, a terceira menina “estava bem escondidinha” no fundo do útero, e por isso talvez não aparecia nos exames. Para ele também foi uma surpresa. Gestações múltiplas espontâneas são muito raras, o mais comum é ocorrer em reprodução assistida, quando se faz implantação uterina de óvulos fertilizados.

“Eu estava fazendo os procedimentos de reanimação na segunda criança quando a enfermeira me passou a terceira”, contou o médico. “Em 34 anos de profissão, eu nunca participei de nascimento de trigêmeos, ainda mais assim, com esta surpresa que tivemos. Fiquei muito feliz em participar deste momento e grato, pois tudo correu bem”, completou.

Ainda segundo Monarim, o nascimento de trigêmeos no hospital já é uma raridade, pois normalmente quando a gestação múltipla é identificada, o parto é encaminhado para unidades da região, que possuem UTI Neonatal, para o caso das crianças precisarem de atendimento específico.

“A mãe já estava com 36 semanas e quatro dias de gestação e entrou em trabalho de parto espontâneo. Tudo isso ajudou na maturação das crianças, tanto que as crianças nem precisaram de oxigênio”, completou.

Mas as surpresas relacionadas ao nascimento das meninas não param por aí. As trigêmeas foram geradas numa única placenta. Então, serão trigêmeas idênticas, o que também é raro.

“Estamos no caminho para conquistar a UTI Neonatal em nosso hospital. Enquanto isso, quando vimos as três meninas nascerem com saúde, percebemos que nossa equipe e os recursos que possuímos garantem todo o cuidado com nossos pacientes”, destaca também o administrador do Hospital Azambuja, Evandro Roza.

Participaram do parto das meninas os seguintes profissionais: Sérgio Pereira Lobo, Rita de Cassia Siqueira e Maria Rosa da Silva – técnicos de enfermagem; Renata Maria da Costa – enfermeira; Julian Medina Quispe – obstetra; Silvio David Monarim – pediatra; e Eliel Aroldo Crema – anestesista.

Passada a surpresa inicial, a família ainda está se adaptando nos cuidados com os três bebês. “A gente fica confusa, se perguntando qual delas trocou, qual já mamou, as vezes falta braço pra pegar todas no colo, mas depois acho que acostuma”, contou a avó materna, Leonir Muller Terezinha de Souza.

O pai das meninas, Moisés Souza dos Santos, 31 anos, que está desempregado, diz que “ainda não caiu a ficha”. Segundo ele, foi um choque, “mas se Deus mandou as três, é um presente adiantado para o Dia dos Pais, principalmente porque todas vieram com saúde”, agradeceu.

Fernanda e Moisés já são pais do pequeno Pedro Henrique, de 5 anos de idade. As meninas ainda devem ficar mais alguns dias no hospital, pois ainda recebem suplementos. A família pede a ajuda da comunidade, principalmente com doação de fraldas. Quem puder doar pode entrar em contato no telefone (47) 3350-6319.

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