No Anônimos desta quarta-feira, conheça a história de Nilton Koch
Com bloquinho de papel e caneta em mãos, Nilton Koch coordena o estacionamento de uma grande loja no centro de Brusque
São sinais com a mão. Um bloquinho de papel e uma caneta, dessas que a ponta aprece com o gatilho. Olhos rápidos: três letras, quatro números. Passos mais rápidos ainda. O bilhetinho preenchido com letra inclinada para direita vai adiante. Mas, só para quem não é cliente. Boné na cabeça, óculos de lentes que escurecem na claridade escondendo olhos azuis, ele tem que ser meio relações-públicas. Ali, no pátio da Millium, esquina da Felipe Schmidt com a Barão do Rio Branco.
Diante da deseducação de quem tem pressa em estacionar o carro, ele tem que ser político. Mas, não político desses eleitos pelo povo. Político no sentido grego da palavra: regulando as relações de tráfego, ordenando os lugares, orientando. E, tudo isso, de maneira cortês e polida. Conversa um pouquinho daqui. Faz uma brincadeira na hora de cobrar os ‘dois ou três mil reais’ da hora/estacionamento.
E não é trabalho fácil. Ainda em Brusque, terra de quem encontra uma vaga para estacionar no Centro da cidade é sortudo. Ou hábil estacionador. Ou se conforma e paga uma taxinha para não gastar tempo e paciência procurando espaço de parada. Se em terra de carros demais, quem tem vaga para estacionar é rei, ele é cavalheiro.
**Na edição de quarta-feira, 6 de junho, conheça mais detalhes da história de vida de Nilton Koch, 48 anos – manobrista