Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

No finalzinho

Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

No finalzinho

Rodrigo Santos

A rodada desta quarta tinha tudo para terminar bem para Chapecoense e Avaí. Acabou com final feliz só para a Chape, que passou por um jogo de emoções em Belo Horizonte e quase colocou tudo a perder contra o Galo.

Saiu atrás num erro infantil, conseguiu a virada com muita perseverança (teve até gol de Wellington Paulista, depois de muuuuito tempo), tomou empate em outro erro primário, deixando Fred sozinho para cabecear e, no fim, uma bela jogada de Reinaldo terminou no gol do alívio marcado por Luiz Antonio.

Em época de troca de treinador, não há dúvida que a vitória vai permitir a Gilson Kleina trabalhar com um ambiente bem melhor. Mas é bom ter atenção: o triunfo em BH fez o time subir boas posições, ultrapassando São Paulo, Vitória e Sport e empatando com Atlético-PR e Bahia.

Pela frente existem só confrontos diretos, que podem selar de uma vez a permanência na Série A, começando pelo Fluminense em casa e o retrospecto altamente favorável contra o adversário. Depois tem Atlético, Bahia e São Paulo. Ou seja: várias decisões em sequência. Verdadeiros jogos de seis pontos.

Na Ressacada, a entrada de Marquinhos colocou fogo no time do Avaí, que não se encontrava em casa contra o Botafogo no primeiro tempo. Sua entrada fez o time funcionar, a torcida sentiu o bom momento pra ir junto, e o gol de pênalti consolidou o bom momento. Junior Dutra teve na sequência a chance de liquidar a fatura, mas o caminho era bem mais dramático.

Acréscimos, ah os acréscimos… Quando se toma um gol depois dos 48 é meio que habitual criticar a arbitragem. Não foi diferente na Ressacada. Mas a cera extra de Leandro Silva, combinada com o gol perdido de Junior Dutra, combinada com a falta de concentração, transformou a vitória em empate, que complica demais a situação avaiana. Já dizia Nardela: depois dos 45 não tem mais jogo. O Avaí não soube lidar com o que tinha nas mãos.

Aquela história de time sensacional no returno já foi sepultada faz tempo. O mais recente número é muito preocupante: o Avaí é o pior time do campeonato nas últimas cinco rodadas, com apenas 2 pontos conquistados.

Em um momento de sprint final, isso é muito preocupante. Menos mal que o time mostrou algo a mais no segundo tempo. Isso pode dar esperança de que uma verdadeira reação aconteça. Pra isso, é necessário entrega. De Marquinhos, você não pode esperar coisa diferente. Tem que ver como se comporta o resto.

A lei surpresa

Caiu feito bomba. A Assembleia Legislativa aprovou, e o governador sancionou no início deste mês, sem repercussão alguma, uma lei que muda radicalmente a forma como são organizadas as competições da Fesporte no estado. De uma hora pra outra, só estão autorizados a participar dos Jogos Abertos, Joguinhos e Olesc atletas nascidos no estado ou residentes em Santa Catarina há mais de dois anos.

O mérito do projeto é bem interessante, mas há dois pontos: primeiro, seria injusto mudar as regras do jogo a 20 dias dos Jasc em Lages. Segundo, que ele tramitou na Assembleia na surdina, foi aprovada em plenário sem nenhuma observação da bancada governista e pior, foi sancionada pelo governador Raimundo Colombo sem que ninguém falasse “peraí, que projeto é esse?”. A Fesporte, que deveria regular isso junto com o Conselho Estadual de Esporte (CED), foi pega de surpresa e virou a mulher traída da história.

O resultado foi bombástico. Como virou lei, pode criar um problemão nos Jasc, já que as inscrições acabaram, os times estão montados e, teoricamente, qualquer um pode ir à justiça e reclamar irregularidades. Durante todo o dia de ontem, reuniões aconteceram para ver o que poderia ser feito pra não melar as competições. Tudo poderia ser evitado com um pouco de atenção. O deputado Antonio Aguiar, autor do projeto, está radiante. Mas o Conselho Estadual do Desporto pensa diferente. Bem diferente.

Pra resolver isso, é necessário que se revogue a mudança na lei ou crie-se um dispositivo que dê “vista grossa” à mudança, até porque as inscrições acabaram e não se muda regra do jogo com ele em andamento. De toda forma, é uma rasteira nos órgãos responsáveis pelo esporte catarinense, que discutem um formato e depararam com uma lei pronta e em vigência.

Agora vamos ao mérito: é necessária uma mudança no que diz respeito às contratações, mas com alguns limites. Concordo, por exemplo, que esse dispositivo da nova lei atinja diretamente, sem mudar nada, as competições de base como Joguinhos e Olesc, que deveriam ser de formação, mas que conta hoje com times inteiros contratados de outros lugares do Brasil.

Para os Jasc, isso precisa ser aprimorado. Por exemplo, os times de futsal vêm com suas forças máximas, montados não só para os Jogos, mas para toda a temporada, incluindo a Liga Nacional. Seria injusto “limpar” os times desta forma, ainda mais impondo um limite de dois anos de residência. Por outro lado, a contratação de “seleções” de todo o país que chegam, desembarcam nos Jasc, competem um dia e de lá vão pro aeroporto, essa sim, precisa ser controlada com rigor.
NOTAS

Em Tubarão
O Brusque vai a Tubarão no domingo tentar recuperar o prejuízo do empate em casa contra o Joinville. Precisa render muito mais para ganhar do lanterna e se manter no grupo de classificação para a final. O tão esperado meia ainda não chegou, e a única novidade é a volta de Neguete, zagueiro que sagrou-se campeão da Série B do Catarinense no último fim de semana pelo Concórdia.

Uniforme
Está confirmado: a marca inglesa Umbro será fornecedora dos uniformes do Brusque em 2018. O empresário Luciano Hang, das lojas Havan, confirmou o acerto ontem, durante evento na Escola João XXIII. Já vai ter camisa a venda antes do Natal.

Caixa
Hang também confirmou que está conclamando os outros patrocinadores do clube para que venham a “fechar” com o projeto do Bruscão para o ano que vem. Anteriormente, ele já havia admitido que aumentaria o investimento no clube, mas exigiria a contrapartida de outros apoiadores. Ontem, ele se reuniu com o presidente Danilo Rezini.

Vale vaga
Hoje, às 18h, tem Brusque x Joaçaba pela semifinal do Estadual de Basquete Masculino. Como já venceu o jogo de ida, basta uma vitória em duas partidas para que a ida para mais uma decisão seja confirmada. No outro confronto, Blumenau bateu Joinville na prorrogação da primeira partida. As finais iniciam no dia 24.

Fogo simbólico
Não sei de quem foi a ideia, mas está de parabéns pela atitude de levar a cerimônia de acendimento do fogo simbólico dos Jogos Abertos para a Sociedade Bandeirante, onde tudo começou em 1960, em frente ao busto de Arthur Schlösser. Nos últimos anos, o evento estava “escondido” para poucas pessoas em uma Arena Brusque sempre vazia. Agora, está no lugar de onde nunca deveria ter saído.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo