Nova sede do serviço de Família Acolhedora é inaugurada em Brusque
No espaço está localizado na Praça da Cidadania
No espaço está localizado na Praça da Cidadania
Nesta quinta-feira, 23, foi realizada a inauguração da nova sede do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora de Brusque , programa público voltado a receber temporariamente crianças e adolescentes afastados de suas famílias por motivos de vulnerabilidade ou violação de direitos. A sede está localizada na praça da Cidadania, no Centro.
Entre os 295 municípios catarinenses, apenas 113 contam com o serviço. Brusque se destaca por ser a 7ª cidade do estado a ter uma sede exclusiva para o programa, que dispõe de sala de grupo, sala de atendimento, sala da equipe técnica, brinquedoteca e recepção com banheiro.
Além da estrutura física, o serviço passa a contar com um site próprio, que facilita o acesso às informações. Um veículo exclusivo e equipado também foi disponibilizado.
A coordenadora Ionara Marques explica que, desde 2012, buscavam uma sede própria. “Tínhamos uma sala onde atendíamos as famílias acolhedoras, os interessados e as famílias de origem que acompanhamos. Agora temos um espaço exclusivo, com sala para as crianças, sala de atendimento em grupo e recepção.”
O espaço será utilizado pelas famílias acolhedoras, pelas famílias de origem e pelas crianças, além de servir para a formação inicial e continuada das famílias, algo que antes não era possível oferecer. Ionara comenta que houve investimento da prefeitura.
“Foram adquiridos móveis novos, feitas a pintura, a instalação de cortinas e a plotagem da fachada. O imóvel é da prefeitura, que também disponibilizou recursos humanos, incluindo servidoras efetivas chamadas por concurso público”.
O atendimento ocorre das 8h ao meio-dia e das 13h às 17h, com horários diferenciados à noite e nos finais de semana para atender famílias que trabalham. Os encontros mensais acontecem às sextas à noite ou aos sábados pela manhã.

Para Ionara, a principal diferença entre o acolhimento institucional e o acolhimento em família está no cuidado individualizado.
“Não que os abrigos não realizem um bom trabalho, os profissionais são dedicados e carinhosos, mas estar em uma família oferece atenção especial e permite a criação de vínculos importantes. Esses laços ajudam na reconstrução da relação com a família de origem ou, quando necessário, na adoção, permitindo que a criança leve consigo o amor e o afeto recebidos durante o acolhimento.”
Uma família que está há um ano na capacitação comenta que já está no terceiro acolhimento e que a rotina muda completamente.
“É uma vida nova que chega, com todas as suas necessidades. Quando são bebês, há muitos cuidados e consultas médicas, e, normalmente, essas crianças têm demandas maiores, exigindo atenção especial. No fim das contas, é como cuidar de um filho. É uma rotina a mais, mas nada impossível, é uma experiência transformadora”, explica a empresária Adriana Becker Martins.
Também participou do evento o prefeito Victor Wietcowsky, de Botuverá, que mantém parceria com a Prefeitura de Brusque.
O prefeito, que já atuou como contador da Prefeitura de Brusque e da Assistência Social, destacou a integração regional do serviço.
“O Serviço de Família Acolhedora já existe em Botuverá, mas, desde o primeiro momento em que assumimos a administração, conversamos com Brusque para implementar esse serviço de forma regionalizada. Assim, passamos a contar com mais famílias disponíveis para acolhimento, mais recursos, mais funcionários e um espaço adequado como este”, conclui.
“Inaugurar o Serviço de Família Acolhedora aqui, o primeiro de Santa Catarina com espaço próprio e possivelmente o segundo do Brasil, mostra que Brusque mais uma vez sai na frente, oferecendo um local especialmente para atender crianças que precisam de um lar temporário”, finaliza o vice-prefeito Déco Batisti.
Leia também:
1. Casal de Brusque chega às Bodas de Platina com lição de cumplicidade e fé
2. Paróquia São Luís Gonzaga será a única igreja catarinense a acolher relíquias peregrinas de São Carlo Acutis
3. Homem morre submerso dentro de tanque de resíduos em Timbó
4. Samae inicia obra que levará abastecimento de água para famílias do Limeira, em Brusque
5. GTB apreende autopropelidos após condutores serem flagrados sem capacete em Brusque
Como menino indígena sobreviveu a chacina em Botuverá e ficou marcado na história: