São mais de 400 pessoas envolvidas na realização do espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre que, em 2017, chega a sua 21ª edição. O projeto só é possível graças ao envolvimento de centenas de voluntários, que se dividem em atribuições cênicas e técnicas. Desde quem interpreta o protagonista, Jesus de Nazaré, até quem nem pisa nos palcos, a sinergia do local é uníssona: todos têm valor, independente da função que assumem.

Nilton Angioletti é um dos fundadores do teatro e atua no projeto desde a década de 1980. Já interpretou João Batista, Judas e hoje retorna ao papel que mais deu vida ao longo dos anos, o apóstolo Pedro. “Eu me identifico com o personagem. Pedro é amigo de Jesus e ama o Mestre. Mas chegou a negar que o conhecia três vezes. Na nossa vida também muitas vezes agimos assim. Então a história, apesar de ter mais de dois mil anos, é sempre atual e tem algo a nos ensinar”, explica Nilton.

Para ele, parece um sonho pensar que o projeto iniciou com menos de 20 pessoas e hoje integra centenas delas. “Foi uma semente que plantamos, mas, com certeza, não esperávamos um resultado como esse. Vamos em frente, confiando na graça do Senhor, fazendo tudo por Ele, com o objetivo de evangelizar. É a nossa oportunidade de falar deste amor infinito que Deus tem por nós”, atesta.


Teatro em família
Quem também participa do espetáculo “Paixão e Morte de Um Homem Livre” desde a fundação no bairro São Pedro, em Guabiruba, é Ivan Fischer. No currículo ele soma papéis vivenciados como o apóstolo João e o bom ladrão, que morre ao lado de Jesus.

Guédria Motta/Ideia Comunicação

“Nesta edição eu interpreto um rei que encomenda um móvel na marcenaria de José, pai de Jesus. Apesar de todos os anos de envolvimento com o teatro, o que importa é fazer parte do espetáculo, independente do papel que se tem. Gosto de ajudar”, afirma Ivan.

Participam do teatro a esposa de Ivan, Franciane, e seus dois filhos, Orlando e Yasmin. “É muito legal participar em família. Foi o exemplo que deixamos para os nossos filhos e agora nos sentimos orgulhosos porque eles continuam o trabalho que mostra o quão grande é o amor de Jesus”, observa Franciane, que conheceu o projeto quando começou a namorar com Ivan e que permanece nesta missão até hoje.


Primeira vez
É a primeira vez que Rita de Cássia Machado participa do espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre. Ela assistiu o projeto pela primeira vez há dois anos e, agora, sobe ao palco interpretando Verônica. “Fiquei interessada em participar porque me emocionei muito com a apresentação de 2015. E agora, que vivo estes ensaios e me preparo para a apresentação, posso dizer que é algo sem explicação”, conta Rita.

Guédria Motta/Ideia Comunicação

Sua personagem caminha ao lado do povo durante todo o teatro mas, no momento da crucificação, há um encontro com Jesus. “Verônica foi a mulher que teve coragem de sair da multidão e ir ao encontro do Mestre para secar seu rosto, no qual ficou impressa sua imagem”, detalha Rita, que trouxe para o teatro a sua filha, Ana Carolina, que participa da coreografia inicial e de algumas passagens como povo.


Incentivo de amigos
Viviane Tomio, 29 anos, mora em Guabiruba e, pela primeira vez, participa do teatro. O incentivo ela recebeu de diversos familiares e amigos que há muitos anos se dedicam voluntariamente ao espetáculo. “Fiquei muito feliz em ter aceitado este convite. Minha filha Emanuelly também está gostando e esse é o meu maior presente. É gratificante ensinar, desde cedo, a vida e a missão de Jesus”, enfatiza Viviane.

Guédria Motta/Ideia Comunicação

O espetáculo será realizado na Quinta-Feira Santa, 13, às 21h e, na Sexta-Feira Santa, 14, às 19h30, sempre no pátio da Igreja São Cristóvão, bairro Aymoré, em Guabiruba.
Mais informações pelo telefone: (47) 99137-4740 ou (47) 99971-2699.