Número de brasileiros que usa tornozeleira eletrônica passa de 122 mil
Faz de conta 1
Informou-se aqui do caso em que o Tribunal de Justiça de SC determinou, semana passada, a regressão do regime aberto para fechado e a perda dos dias remidos, além da alteração da data-base para concessão de futuros benefícios, a um apenado em prisão domiciliar que violou as regras de uso da tornozeleira eletrônica mais de 150 vezes em apenas 90 dias.
Faz de conta 2
Pois bem. Divulgou-se ontem que no ano passado a quantidade de brasileiros monitorados por tornozeleiras eletrônicas chegou ao maior patamar desde o início do uso do equipamento, em 2010. Eram, àquela altura, 122 mil presos fora do regime fechado utilizando a ferramenta, um aumento de 67% na comparação com 2020. Esse crescimento, porém, não foi acompanhado pela expansão das equipes multidisciplinares que devem acompanhar os casos. Há hoje apenas 181 profissionais dedicados a essa função, ou um para cada 674 monitorados.
Sem cotas
Tem tudo para “subir” até o Supremo Tribunal Federal a rejeição, anteontem, pelos deputados estaduais de SC, à inclusão de cotas, que seria de 20%, para candidatos pretos, pardos e indígenas, no programa Universidade Gratuita e nas bolsas de estudo do Fundo Estadual de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior Catarinense (Fumdesc). O Psol é especialista nesse tipo de recurso. E, mantido o histórico, não deve perder mais esta oportunidade.
Natureza
Aqueles quase centenários anciãos de origem açoriana que vivem em diferentes localidades da Ilha de SC olham a atual devastação da erosão do mar, que está destruindo algumas praias e ameaçando levar casas junto, construídas em cima da faixa areia. Sábios, costumam dizer: “O mar veio buscar o que é seu”. O que causa espanto é que alguns atingidos agora querem que a Justiça busque uma “solução”. Como? Culpar a natureza?
CPI do INSS
A CPI do INSS que, lamentavelmente, não tem recebido a devida cobertura da grande mídia apesar dos estimados R$ 9 bilhões acintosamente surrupiados de aposentados e pensionistas, fez uma descoberta nesta semana. Está investigando um repasse de R$ 1,5 milhão, citado em relatório sigiloso sobre movimentações da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), para uma esteticista de Florianópolis, “sem relação comercial identificada”.
Ausente 1
Depois de permitir que em um edital para matrícula de alunos de pós-graduação do seu Centro de Artes fossem reservadas vagas para nordestinos e nortistas, o reitor da Universidade do Estado (Udesc), José Fernando Fragalli, entrou na mira do PL que, através de requerimento do deputado estadual Alex Brasil, convocou-o para “esclarecimentos”, nesta semana. Não respondeu e não compareceu. Será reconvocado.
Ausente 2
O episódio da reserva de vagas, que não foi engolido nem pelo governador Jorginho Mello, poderá ter outras consequências: o deputado Jessé Lopes (PL) promete protocolar uma proposta de emenda constitucional para transformar a única universidade pública estadual em filantrópica.
Premiada
A professora Dirce Waltrick do Amarante, da UFSC, é uma das finalistas do Prêmio Jabuti, maior reconhecimento nacional na área de literatura. Concorre ao prêmio na categoria tradução por ter organizado e traduzido a obra “A palavra e o fio”, da ativista chilena Cecilia Vicuña, publicado em 2024. Dirce já recebeu o mesmo prêmio em 2023, pela tradução de “Finnegans Wake”, do escritor irlandês James Joyce.
Lula em ascensão
Pesquisa Genial/Quaest, divulgada ontem, mostra uma recuperação da aprovação do presidente Lula. No recorte para as regiões do país, sua aprovação entre os catarinenses, gaúchos e paranaenses também subiu em outubro em relação a setembro, de 39% para 41%, a terceira alta consecutiva.
Impunidade
O Instituto Sou da Paz tornou pública pesquisa mostrando que nove estados brasileiros esclarecem menos da metade dos homicídios, com liderança da Bahia, apenas 13% de resolução, contra o Distrito Federal, com invejáveis 96%. SC tem 65%, o 5º melhor desempenho nacional no quesito. Rondônia (92%), Paraná (72%) e Mato Grosso (71%) estão em 2º, 3º, e 4º lugar, respectivamente.
