Número de inadimplentes em Brusque cresceu 69% em 2018

Também houve um aumento de 7% no cancelamento de registros do SPC

Número de inadimplentes em Brusque cresceu 69% em 2018

Também houve um aumento de 7% no cancelamento de registros do SPC

Em 2018, o número de pessoas e empresas inadimplentes aumentou 69% com relação a 2017, em Brusque. Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC)  fornecidos pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), mostram que 32.271 pessoas ficaram com o popular “nome sujo” no ano passado.

Esse percentual foi calculado a partir da diferença entre o número de pessoas que entraram no sistema em 2017 e o total de pessoas registradas em 2018.

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No entanto, nem todas essas pessoas são brusquenses. Devido ao turismo de compras ser forte na cidade, o número também inclui os turistas.

Foram realizados 44.030 registros no SPC em 2018, número 65% maior que em 2017, quando a quantidade foi 26.652.

O número de registros é o tanto de dívidas, ou seja, 44.030 contas não foram pagas em 2018. Por isso que o número de registros é superior ao número de pessoas, pois um mesmo consumidor pode ter mais de uma conta não paga.

Esses números representam somente a quantidade de registros e pessoas que entraram no sistema de janeiro a dezembro de 2018, ou seja, o saldo dos anos anteriores não consta nestas quantidades.

Além disso, o número de inadimplentes refere-se apenas aos endividados em empresas associadas à CDL que utilizam o sistema do SPC.

Veja nos gráficos abaixo a quantidade de registros e de pessoas mês a mês.

Valores

O valor dos registros e dos cancelamentos inclui o valor total da compra. Por exemplo, se uma pessoa financiou um carro e atrasou as parcelas, o valor contabilizado no SPC não é o das parcelas atrasadas, mas o valor total do veículo.

Em 2018, o valor total dos registros foi cerca de R$ 21,5 milhões, 36% a mais que em 2017, quando a soma do endividamento era de quase R$ 16 milhões.

Veja no gráfico abaixo os valores totais de registros e cancelamentos mês a mês.

Por outro lado, o valor médio do registro diminuiu cerca de R$ 100. Em 2017, o valor médio para cada registro era de R$ 592,41. Em 2018, caiu para R$ 488,79.

Número de cancelamentos aumentou apenas 7%

Foram realizados 30.045 cancelamentos, 7% a mais que em 2017. Esse número engloba os registros feitos nos últimos cinco anos, ou seja, não significa que dos 43 mil registros de 2018, 30 mil foram cancelados.

O número de pessoas que saíram do sistema também aumentou, conforme mostra o gráfico a seguir.

O número inclui cancelamentos por diversas razões, como pagamento da dívida, por decisão judicial ou até mesmo por prescrição, ou seja, quando a dívida “caduca”, como é dito popularmente.

Em 2018, houve um aumento de cerca de R$ 2 milhões no valor dos cancelamentos com relação a 2017 e a média de valor por cancelamento subiu de R$ 507,25 para R$ 524,96.

A partir desses dados percebe-se que houve uma melhora no pagamento de dívidas, embora o número não seja proporcional a quantidade de novos registros.

“Essa melhora para 2018, o que a gente pode falar é algo mais qualitativo. Percebemos que tanto o empresário está investindo mais, estão um pouco mais aliviados com esse momento político e econômico do país, mas também as pessoas estão conseguindo ver uma luz no fim do túnel”, analisa Claudemir Marcolla, gestor executivo da CDL.

Botuverá com bons resultados

Em Botuverá, o número de registros no SPC diminuiu 38%. Em 2018, o número foi de 107. Em 2017, 175 registros foram feitos.

O mesmo aconteceu com a quantidade de pessoas. Em 2018 apenas 67 pessoas foram registradas no sistema. Esse número representa uma queda de 43,2% em relação a 2017, quando 118 pessoas “sujaram o nome”.

Apesar disso, o número de pessoas que limparam o nome caiu 37%. No ano passado, 107 pessoas quitaram suas dívidas e saíram do registro do SPC.

O número de cancelamentos também foi inferior ao ano anterior: 119 registros foram cancelados em 2018, 39% a menos que em 2017, quando 196 foram cancelados.

Embora os números de registros cancelados e pessoas que saíram do SPC tenha caído em relação a 2017, ainda foram mais altos que a quantidade de registros e pessoas registradas. Por isso, o gestor executivo da CDL, Claudemir Marcolla,  avalia a situação de forma positiva. “Se analisarmos lá em 2017, Botuverá sempre vem com um número maior de cancelados do que de registros. Então sempre vem superavitário”, avalia.

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Em 2019

Em janeiro deste ano, foram realizados cerca de 3.500 registros em Brusque e 2.455 pessoas “sujaram o nome”. O valor total dos registros foi cerca de R$ 1,6 milhões.

Foram feitos 6 mil cancelamentos e quase 5 mil pessoas quitaram suas dívidas. Os cancelamentos totalizaram cerca de R$ 2,5 milhões.

No município de Botuverá,  em janeiro oito registros foram feitos no SPC, sendo que três pessoas tiveram o nome inserido no sistema. Os registros totalizaram R$ 2.109,79.

 

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