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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Número de suplentes na Câmara de Brusque bate recorde em 2017

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Número de suplentes na Câmara de Brusque bate recorde em 2017

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Trocas na Câmara
Este ano está sendo marcado, no Legislativo brusquense, por um grande número de trocas na composição do plenário, com diversos suplentes assumindo as cadeiras por, pelo menos, um mês. Considerando que o secretário de Educação, José Zancanaro, sequer iniciou o mandato, sete parlamentares já deixaram o cargo temporariamente. Aliás, novas trocas estão por vir: além da licença do presidente da Câmara, Jean Pirola (PP), Paulo Sestrem (PRP) e Claudemir Duarte, o Tuta, darão lugar a suplentes até o fim do ano.


Secretário no Legislativo
O vereador Cleiton Bittelbrunn (PRP) apresentou requerimento no qual solicita que o secretário de Trânsito e Mobilidade de Brusque, Alonso Moro Torres, compareça a uma das reuniões do poder Legislativo, em data ainda a ser agendada. O objetivo é que ele trate, sobretudo, a respeito dos requisitos para implantação de travessias elevadas e lombadas físicas nas ruas de Brusque.


Reuniões dos conselhos
Pedido de informação do vereador Paulo Sestrem (PRP) trata de uma questão bastante pertinente da prefeitura, e que não é de hoje que persiste: a falta de atualização, no site do governo, sobre as reuniões dos conselhos municipais, cujas atas, em tese, deveriam ser publicadas na página da prefeitura, para que a população tome conhecimento. Em todos os governos recentes não tem havido atualização.


De cunho pessoal
Uma solicitação de informações feita pelo vereador Nilson Pereira (PSB) chamou a atenção nesta semana, tanto pelo ineditismo quanto pelo contexto em que foi apresentado. Ele pede que o prefeito envie à Câmara informações sobre os cursos acadêmicos, técnicos, profissionalizantes, bem como do currículo profissional de Roberto Bolognini, diretor-presidente do Samae, e Dejair Machado, diretor geral da mesma autarquia. Ao que parece, se trata de um pedido de cunho estritamente pessoal, já que Pereira foi demitido recentemente por Bolognini, e Machado entrou em seu lugar. É a Câmara sendo utilizada para debater assuntos de cunho pessoal.


Contra reforma
O Fórum Sindical de Brusque está colhendo assinaturas com o intuito de criar um projeto de lei de iniciativa popular para revogar a reforma trabalhista, instituída pela Lei nº 13.467 de 2017, que alterou a CLT. As assinaturas de Brusque serão anexadas com às demais, colhidas no país inteiro. As entidades pretendem recolher aproximadamente 2 milhões de assinaturas contra a Reforma Trabalhista que entrará em vigor no dia 12 de novembro.


Reajuste
Neste mês já foram acrescidos os 2,69% da segunda parcela do reajuste negociado no começo do ano entre a Prefeitura de Brusque e o Sindicato dos Servidores Públicos (Sinseb). Segundo a entidade, apesar de ser pago em duas parcelas, o total de 5,19% de reajuste garantiu aos servidores um ganho real de meio ponto percentual. A proposta inicial da prefeitura era de reajuste zero.

Indicativo
O presidente do Sinseb, Orlando Soares Filho, avaliou, durante reunião com a diretoria, que o índice repõe o poder de compra que a inflação havia retirado dos servidores. Contudo, acredita que no próximo ano o índice tende a ser ainda mais baixo. “O INPC acumulado dos últimos 12 meses ficou em 1,62% em setembro. São períodos diferentes, mas já um indicativo para a negociação de 2018”, declarou.


Amanhecer frio
O amanhecer de ontem foi novamente de temperaturas baixas em toda a região. Em Brusque, nas primeiras horas desta manhã, atingiu o número mais baixo em 6 anos no mês de novembro: 11,4ºC no bairro Santa Luzia, às 7h. No Rio Branco ficou em 12,7ºC e no Centro, 13,4ºC. Em Guabiruba a mínima foi de 11,8ºC no Aymoré e no Lageado Alto. Já em Botuverá, no Ourinhos, foi registrado 11,7ºC. Os dados são das réplicas de estações meteorológicas de Ciro Groh, blogueiro do portal O Município. Acesse omunicipio.com.br/observadordotempo e veja mais informações.


Saneamento em debate
Com o objetivo de avaliar a situação e propôr diretrizes para a adequação e atualização do Plano Municipal de Saneamento Básico, a Prefeitura de Brusque, em parceria com os membros do Conselho Municipal, promoverá na próxima quarta-feira, 8, a segunda Conferência Municipal de Saneamento Básico. O evento terá início às 18h, no plenário da Câmara de Vereadores e será aberto à população. O tema principal a ser debatido será “Consolidar o saneamento básico, rumo a 2036”. Serão discutidos na oportunidade as questões que envolvem o abastecimento de água potável, esgotamento sanitário e industrial, manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana, além da drenagem e manejo de águas pluviais.


EDITORIAL

O caos para estabelecer a ordem

Nesta linha de pensamento o secretário de saúde de Brusque, Humberto Fornari, fechou a negociação com o Hospital Azambuja. Sua colocação foi muito feliz e oportuna sobre o momento que estamos vivendo na cidade em relação à saúde.
No caso do hospital, o caos se refere a sair da situação atual para buscar um novo patamar. A primeira análise neste sentido é da participação de outros poderes envolvidos que estavam adormecidos, como as prefeituras de Guabiruba e Botuverá, e que vão ter que ajudar a pagar a conta da utilização do hospital por seus munícipes.
Outra situação inovadora foi a devolução do recurso que vai sobrar na Câmara de Vereadores para cobrir o reajuste acordado, de 5,19%. É um bom exemplo de que a união de esforços pode mudar a realidade positivamente.
O fato do acordo ter sido feito foi só um capítulo da novela. A prefeitura, que repassa recursos para o hospital, está apertando o cinto e quer saber aonde cada centavo é gasto. O secretário de Saúde deixou claro que a questão financeira foi o foco neste momento, mas que o contrato precisa ser revisto em vários aspectos para se enquadrar à nova realidade. Neste sentido há muitas resistências e vamos ter grandes emoções nos próximos capítulos.
O caos também está mostrando sua face na rede pública de saúde. O alerta veio do relatório da Comissão Especial de Saúde da Câmara de Brusque que foi publicado aqui no jornal na terça feira, 31. O relatório aponta que a espera por uma consulta com especialista é de dois anos e meio, por exemplo. Há também 1.225 análises laboratoriais represadas. A lista continua com problemas de infraestrutura, materiais e pessoal, além da questão de acessibilidade nos postos.
Num ponto todos nós concordamos: como está, esta situação não pode continuar. Se até agora a questão foi um jogo de empurra, agora precisa ser enfrentada. Os recursos ficaram ainda mais escassos e a demanda está aumentando. Uma reorganização é necessária para estabelecer uma ordem mínima.
O primeiro passo está sendo dado, com a abertura das informações para a comunidade. Neste sentido, o Observatório Social e a Câmara de Vereadores estão atuando para abrir esta caixa preta. A prefeitura também está sendo mais rígida e transparente, principalmente na questão da assiduidade de seu staff na saúde. Até a investigação do Grupo de Apoio Especial às Organizações Criminosas (Gaeco), ao investigar a conduta de alguns médicos, criou condições para mudanças.
Neste cenário turbulento, algumas reações são inusitadas. Vimos troca de farpas entre médicos, troca de ofensas entre dirigentes do hospital e prefeitura, e até entre médicos e imprensa, como no caso de uma orientação a eles para cancelarem sua assinatura e anúncios com este jornal, numa forma tosca de censurar a divulgação dos acontecimentos. Numa outra ação, foi formulada uma tese de que O Município ofendeu todos os médicos em seu editorial da semana passada, numa manobra maquiavélica de confundir ao invés de esclarecer, colocando a classe a serviço do interesse de alguns que estão na mira da Justiça e do cidadão.
A realidade é que o cenário está mudando e algumas práticas utilizadas até aqui no contexto da saúde não serão mais aceitas.
Será preciso daqui para frente um fórum permanente com todos os envolvidos. Não existe nem culpa nem solução solitária para o caos da Saúde. Será necessário um espírito desarmado de todos, dispostos a concessões e sacrifícios para voltar à ordem, e dar dignidade necessária a este assunto, por bem e por Brusque, restabelecendo a ordem por completo.

Não existe nem culpa nem solução solitária para o caos da Saúde

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