Há tempos passados, escutei de uma pessoa que o vinho era única bebida que aguçava os cinco sentidos, o Tato, quando você pega na taça, a Visão, quando você olha para a cor do vinho, o Olfato ao cheira a bebida, a Audição quando faz o brinde e o Paladar ao degustar a bebida!

Ledo engano, para os apreciadores de whisky ou do scotch, a premissa é a mesma, o mesmo ritual do vinho é aplicado ao whisky! (assunto para uma próxima matéria)

Mas tirando o ritual acima, nesses tempos de frio a bebida vem bem a calhar, acompanhada de um bom prato e, claro, de amigos à volta, porque o que seria da bebida sem uma boa conversa?

Depois da abertura das importações (quem se lembra do vinho da garrafa azul? Febre nos anos 90!) várias e várias opções de vinho nos são apresentados, além dos nossos bons vinhos das serras catarinense e gaúcha, temos  franceses, chilenos, espanhóis, portugueses, argentinos, uruguaios, australianos, americanos, italianos, e até mesmo libaneses e gregos, dentre outros.

É voz corrente que, se você beber um vinho diferente por dia na vida, não provará todos, pois incontáveis tipos de vinho existem no mercado à disposição dos apreciadores de um bom vinho.

E não há quem viaje e não traga na mala algumas garrafas de vinho!

Como estamos no inverno, vamos falar das dez uvas tintas mais conhecidas no mundo, deixando as brancas para uma próxima oportunidade:

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ilustração: Freepik

Pinot Noir  – apesar do nome soar leve aos ouvidos, é dessa uva que se produz os melhores champanhes e vinhos espumantes. Tem aromas de framboesa, morango, cereja, grãos de café ou moca.

Malbec – é a mais famosa uva da Argentina. Vinho encorpado, intenso, com  aromas de frutas vermelhas misturadas com violeta. Envelhecido em tonéis de carvalho fica mais intenso ainda, excelente para combinar com carne.

Carmenere – uva típica do Chile, que chegou a exportar mudas para a França depois que uma praga dizimou os pés de uva naquele país. Tem aroma de goiaba intenso, e posso me aventurar dizendo que no retrogosto tem um pouco de tabaco.

Syrah – vinho denso, rico, forte, com bastante álcool e com um toque apimentado que é a característica dela. Com aromas de cerejas pretas, groselhas, amoras, ameixas, damascos, pimenta preta, alcaçuz, gengibre, chocolate preto.

Merlot – como o Malbec, tem agradado bastante ao paladar feminino, com aromas de ameixas, amoras, uvas passas, aspargos, chocolate, moca.

Cabernet Franc – prima da Cabernet Sauvignon, com  aroma  e sabor  vegetal muito forte.

Tempranillo – uva espanhola, com aromas entre os da Cabernet Sauvignon e da Pinot Noir:  frutas vermelhas (morango, amora, e as berries), frutas pretas (geleia de ameixa), herbáceos (louro e orégano), especiarias (noz-moscada), outros (terra molhada, estrada de terra e piso de madeira). Envelhecido em madeira, encontramos os aromas do caramelo, baunilha, tabaco, tostado, couro velho, manteiga e frutas secas. A textura é envolvente, macia, sedosa e aveludada; com acidez e álcool equilibrados em corpo médio e taninos redondos. Os aromas de boca mais presentes são morango, herbáceos, terrosos e algum couro velho.

Tannat – para quem já foi ao Uruguai, sabe que essa é a uva famosa daquele país e também combina perfeitamente com uma boa carne. Bastante tânica, que dá aquela sensação de gengiva seca, por isso que recomenda-se que seja acompanhada uma boa carne, porque a gordura da carne limpa essa secura, combinando perfeitamente com o vinho.  Tem como características as frutas vermelhas, um toque terroso de terra molhada.

Carignan – talvez essa seja uma uva pouco conhecida, porque sua produção é utilizada para mesclar com outras uvas.  Tem um toque balsâmico e se você encontrar um vinho com uva Carignan, não perca a oportunidade.

Cabernet Sauvignon – essa é o tipo de uva para aqueles que estão iniciando não errarem. Vai a uma festa e quer levar um vinho? Não tenha medo, leve um Cabernet Sauvignon que estará tudo bem! É a “Rainha das uvas tintas, que dá corpo a um vinho intenso, forte, com bastante tanino e com aromas de groselha, ameixas pretas, amoras, hortelã, pimenta, eucalipto, madeira de cedro, folha de tomate, chocolate preto, mas a principal característica dela é o aroma de pimentão.

Brusque está muito bem servida de adegas que apresentam rótulos maravilhosos de vinhos, de todos os tipos e preços, Então, vamos aproveitar que vivemos num estado de contrastes, onde o verão é generoso e o inverno é maravilhoso e vamos reunir a família e os amigos, jogar conversa fora, apreciar um bom vinho  e comemorar a vida, porque vale a pena viver!

E, não esqueça, o melhor vinho não é o vinho mais caro, mas o vinho que você está bebendo com seus amigos!

Tim Tim!

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Regiane Soprano Moresco – advogada