O que os candidatos da região de Brusque disseram na Sabatina do Grupia

Segunda e última parte do evento ocorreu nesta quinta-feira

O que os candidatos da região de Brusque disseram na Sabatina do Grupia

Segunda e última parte do evento ocorreu nesta quinta-feira

A segunda etapa da Sabatina do Grupo de Proteção da Infância e Adolescência de Brusque (Grupia) com os candidatos a deputado estadual e federal foi realizada nesta quinta-feira, 13, na sede da Associação Empresarial de Brusque (Acibr).

Participaram os candidatos com domicílio em Brusque e Guabiruba. Nesta etapa, os candidatos à Câmara dos Deputados foram sabatinados: Jocimar dos Santos (DC), Michel Belli (PPS), Paulo Sestrem (PRP), Sabrina Avozani (NOVO) e Sebastião Lima (PSDB).

Já os concorrentes a uma cadeira no Legislativo estadual sabatinados foram: Marcos Deichmann (PAT), Osmar Vicentini (PSL), Paulo Eccel (PT) e Shirlene Cecatto (SD).

Além de responder a uma questão padrão, os candidatos também responderam uma pergunta feita por um integrante do Grupia e outra questão sorteada.

Paulo Kons, fundador do Grupia e organizador da sabatina, destacou o nível do debate e a importância do evento para esclarecer os eleitores da região antes das eleições.

Jean Carlos Sophiatti, sargento do Corpo de Bombeiros de Brusque
Sabemos que a segurança pública é uma preocupação constante dos catarinenses. Quais os projetos para prevenir criminalidade e melhorar resposta a segurança pública o candidato pretende apresentar? Em especial o Corpo de Bombeiros, que tem metade do efetivo previsto em lei.

Jocimar dos Santos, candidato a deputado federal pelo DC
“A questão da segurança pública é generalizada no país, temos muitos problemas também em Santa Catarina. Uma das coisas que me fez morar em Brusque, onde fui bem recebido, é que temos uma segurança bem melhor do que em outros estados. Vamos investir muito forte, porque o efetivo está defasado. Os problemas aumentaram, as cidades cresceram, mas o efetivo não conseguiu acompanhar. Através das emendas parlamentares vamos trazer recursos para compra de equipamentos, viaturas, contratação de mais profissionais para atuar nesta área. Para nós melhorarmos ainda mais o que temos no nosso estado, que não está como Rio de Janeiro ou São Paulo, mas temos que manter ou melhorar. Com certeza, uma parte das nossas emendas será destinada à segurança pública”.

Paulo Kons, fundador do Grupia e organizador da sabatina com os candidatos
O que fará para conquistar o voto dos eleitores desiludidos com a política e os políticos que, segundo as pesquisas eleitorais, chegam a 30%?

Marcos Deichmann, candidato a deputado estadual pelo Patriota
“Acredito que a população só vai começar a acreditar novamente na política se você desenvolver um trabalho ético e honesto, dentro das prioridades que demandam a comunidade. Acho que só fazendo um trabalho honesto na política, voltado à comunidade, tentando ajudar a resolver os problemas, porque é para isso que você está lá, é desta forma que você vai conseguir atrair o eleitor para a urna, dando o voto de confiança. Por que existem tantos corruptos? Porque de alguma forma conseguiram chegar lá. Foi por vontade própria? Não foi. Foi pelo voto. Quem colocou os políticos dentro do poder público foi a população, então acho que a conscientização tem que vir da população. Se querem mudança, pessoas de bem não podem ficar no anonimato, dizendo que não vai votar porque não vai mudar nunca. Com certeza, se você ficar em casa e não fizer nada, não vai mudar, e as pessoas com más intenções vão tomar o poder”.

Valdomiro da Motta, presidente da Associação do Profissionais em Comunicação da Região de Brusque (Aprocorb)
Tenho conversados com pessoas que dizem que a eleição de 2018 é um trampolim político para 2020. O senhor assume o compromisso com o eleitor que não vai usar a eleição de 2018 como trampolim, que vai ser candidato a vereador ou prefeito em 2020?

Michel Belli, candidato a deputado estadual pelo PPS
“Tenho para mim como traição ao eleitor, com respeito a todos os outros, se fui eleito para um cargo, tenho que cumprir. Pedi o voto de confiança do eleitor para este cargo. Comprometo-me que, se eleito for, vou cumprir os quatro anos de mandato. Agora, minha carreira não acaba aqui, acabei de entrar na vida pública vindo a iniciativa privada. Caso não for eleito, já me lanço aqui pré-candidato em 2020. Essa é minha mensagem: me comprometo a cumprir os quatro anos se for eleito, porém, se não for eleito, não entendo como trampolim, porque todos têm que ter início na vida pública, e o meu é agora. Vai servir como trampolim? Com certeza, porque somos conhecido no meio que viemos, e o meu nome, politicamente falando, é no Centro, não sou conhecido nos bairros. Agora com a campanha estou ficando conhecido nos bairros”.

Jean Carlos Sophiatti, sargento do Corpo de Bombeiros de Brusque
Caso eleito, para quais direções seus principais projetos apontarão, de que forma beneficiarão Brusque, Guabiruba e Botuverá? Serviço público se faz com servidor, como tratar o servidor?

Osmar Vicentini, candidato a deputado estadual pelo PSL
“Em Brusque e região, tem muitas coisas que precisamos. Já vi banco de sangue, não tem mais, já vi maternidade em Guabiruba, não tem mais. Vi os professores pintando escola, e dizem que investem 25% em Educação. Onde estão nossos parlamentares? Não estou falando bobagem, as professoras pintando o colégio estadual [João Boos] que está lá há anos. Trazem projeto, perdem projeto. O que se faz neste Brasil é projeto, porque riscar papel não dá trabalho. Obra ninguém faz porque custa dinheiro. Essas coisas é que este homem vai trazer aqui na região. Tenha certeza que os servidores bons estarão junto comigo, nos meus trabalhos, nos meus discursos. A lei existe, é só cumpri-la. O que não dá é para dividir pela metade o que um tem direito a receber. É por isso que as pessoas estão desanimadas. Os servidores públicos não têm seus direitos porque o cidadão do lado gastou. Garantindo esses direitos que estão na lei”.

Paulo Kons, fundador do Grupia e organizador da sabatina com os candidatos
Se eleito, qual será o primeiro ato após a posse?

Paulo Eccel, candidato a deputado estadual pelo PT
“Vou protocolar três projetos de lei. o primeiro é a criação do Fórum Catarinense de Acompanhamento e Democratização da Mídia, um fórum de apoio às rádios e TVs comunitárias e a proposição, naquele momento, de critérios para a publicidade governamental. Hoje, é focada nos grandes veículos, com isso a gente concentra a comunicação nos grandes veículos. O segundo projeto, se confirmando a eleição no dia 7, é a padronização do limite máximo de velocidade nas rodovias estaduais com as federais. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, no artigo 61, o limite máximo de velocidade nas rodovias é de 110 km/h, na Antônio Heil, que tem sido centro de grandes polêmicas, o limite é de 80 km/h. A terceira proposição é instituir o Cadastro Estadual de Boas Práticas de Gestão. A gente tem que divulgar o lado bom da política. Viemos tendo uma overdose, especialmente de 2012, 2013 para cá, de demonização e criminalização da política. A política é algo nobre, a politicagem é que não presta. Então, nos governos municipais, independente de partido, temos excelentes práticas de gestão, que podem ser certamente aplicar em qualquer outro município, independentemente do partido que governa”.

Arilson Fagundes, professor e conselheiro tutelar de Brusque
Um candidato à presidência, em um dos seus discursos, falou que o Estatuto da Criança e do Adolescente tem que ser rasgado e jogado na latrina. Você concorda que o ECA deve ser rasgado e é a favor da maioridade penal?

Paulo Sestrem, candidato a deputado federal pelo PRP
“Rasgar é muito forte, creio que pode ser feita alguma adequação, acho que é necessário. Saiu aqui do Grupia o projeto Criança sem Pornografia, aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores. Hoje, o Ministério da Educação mandou revistas inadequadas para crianças de 8 anos. Sou a favor da diminuição da maioridade penal para 16 anos, sei que tem muitas coisas por trás, mas, bem discutida, acho que ajudaria muito o ECA. Temos que ter mais rigor na punição de alguns atos que não fazem bem para ninguém. É mais fácil defender o sistema carcerário, mas ninguém defende a vítima que foi assassinada ou teve algum prejuízo por um adolescente”.

Jean Dalmolin, coordenador do Fórum Sindical de Brusque
Hoje, o trabalhador está descontente com a reforma trabalhista, que foi feita sem ouvir a opinião dos trabalhadores. A candidata, para se eleger, vai depender do voto desses empregadores e não apenas dos empresários. Caso eleita, pretende ser a favor da revogação desta terrível reforma trabalhista? E é contra a reforma previdência, que retirará ainda mais direito dos trabalhadores?

Sabrina Avozani, candidata a deputada federal pelo NOVO
“O pessoal assimila a minha imagem à questão empresarial, mas eu faço parte desta reforma. Tenho uma empresa que presta serviço exclusivo para outra empresa têxtil. Estou muito contente da forma que trabalho. Quando falamos de reforma, falamos em empresários, e também de agricultores e colaboradores. O nosso sistema estrangula o seu empreendedor. A reforma da previdência precisa haver, sim, começando por cima, um deputado em pouco tempo se aposenta, salários altíssimos. O exemplo tem que vir de cima, para o debaixo não pagar. A questão da reforma trabalhista, eu estou visitando muitas empresas e conversando com as pessoas. Se não fossem os empreendedores, a Venezuela seria pouca coisa perto do Brasil”.

Paulo Kons, fundador do Grupia e organizador da sabatina com os candidatos
A crise das finanças do Estado e da União tem solução? Qual?

Sebastião Lima, candidato a deputado federal pelo PSDB
“O PIB está em torno de R$ 5 a  R$ 6 trilhões ao ano. O dinheiro movimentado mensalmente entre bancos chega a R$ 25 trilhões. Se você botar 2% na movimentação financeira e não criar uma máquina arrecadadora que consome 50% desses R$ 6 trilhões, você vai usar a máquina dos bancos. Quem tem R$ 10 mil, vai fazer jogada para não pagar R$ 200? Não vai mais ter como escapar porque o dinheiro vai virar plástico, tudo vai passar pelo sistema bancário. Outra coisa, temos que fomentar o crescimento das cooperativas, que fortalecem os pequenos, os agricultores”.

Paulo Kons, fundador do Grupia e organizador da sabatina com os candidatos
Por que postula uma cadeira na Assembleia Legislativa, quais as principais metas para seu mandato parlamentar e as estratégias para garantir, na prática, o cumprimento no prometido na campanha?

Shirlene Cecatto, candidata a deputada estadual pelo SD
“Entrei na política para fazer a diferença porque acredito que a política precisa de pessoas novas, com ideias novas e acabar essas velhas práticas que temos vivido até hoje. E lutar contra a corrupção, eu, como poeta, tenho várias poesias contra a corrupção. Acredito que a gente precisa combater a corrupção, porque ela é o grande buraco na nossa economia. As minhas metas são cortar privilégios de parlamentares, reduzir salários, cortar cargos públicos, para que se sobre mais dinheiro para aplicar na educação, saúde e batalhar. Reduzir impostos, os juros, porque o empreendedor precisa de oportunidade para manter o seu negócio”.

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