Onça melânica Mike morre após 18 anos no parque Zoobotânico de Brusque

Animal raro, de espécie em extinção, faleceu de causas naturais com 21 anos de idade

Onça melânica Mike morre após 18 anos no parque Zoobotânico de Brusque

Animal raro, de espécie em extinção, faleceu de causas naturais com 21 anos de idade

A onça-pintada melânica do Parque Zoobotânico de Brusque, o Mike, faleceu na tarde desta quinta-feira, 12. O animal era bastante conhecido e um símbolo do parque, onde já vivia há 18 anos. Ele morreu de causas naturais, tendo superado a expectativa de vida para animais desse porte.

“A perda do Mike nos entristece muito pois, além de ser um indivíduo de uma espécie ameaçada de extinção, foi um animal emblemático e muito significativo para o nosso parque”, lamenta a bióloga do Zoobotânico, Carla Molleri. “Ele despertou o interesse e a curiosidade de diversos visitantes que por aqui passaram”, acrescenta.

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Mike era um representante de uma variação bastante rara da espécie da onça-pintada (Panthera onca): ele apresentava o melanismo, ou seja, uma grande concentração de melanina, que faz com que o pelo do animal seja de coloração negra. Essa condição é genética e ocorre em diversas espécies de felinos, desde o gato doméstico até onças, leopardos e outros.

A onça chegou a Brusque com 3 anos de idade, vinda do Complexo Ambiental Cyro Gevaerd, o Zoológico da Santur, em Balneário Camboriú, onde nasceu. No Zoobotânico, Mike viveu na companhia da onça-pintada Nina durante todos esses anos. Ela, que tem a mesma idade de Mike – ambos nasceram em 1997 -, chegou ao parque mais cedo, com apenas três meses.

Nina e Mike nunca chegaram a se reproduzir durante o tempo em que viveram juntos no parque: ele veio de Balneário Camboriú já vasectomizado, impossibilitando o casal de ter filhotes.

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Quando em vida livre, as onças costumam atingir cerca de 10 a 12 anos; em cativeiro, de acordo com a bióloga, “20 anos é excelente”. Mike superou as expectativas, e chegou aos 21 anos.

“Ele significa muito para o parque. Com certeza era um animal muito interessante para os visitantes e, dos 25 anos do Zoobotânico, ele esteve conosco por 18”, pontua Carla, que relembra o quanto quem ia ao parque gostava de Mike e de sua companheira: “Os visitantes sempre amaram vê-los! Apesar de serem felinos e possuírem hábitos noturnos, o casal interagia muito bem e brincava bastante na frente do público”.

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