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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

OPINIÃO: É preciso urgentemente criar uma política de manutenção que torne seguras nossas pontes

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

OPINIÃO: É preciso urgentemente criar uma política de manutenção que torne seguras nossas pontes

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Editorial: entre uma ponte e outra

Na terça-feira, o prefeito de Brusque, Ari Vequi, fez uma coletiva de imprensa junto com a secretária de Infraestrutura Estratégica, Andrea Volkmann, e do vice-prefeito Gilmar Doerner. Na ocasião, apresentou o projeto de construção de uma nova ponte e também o início da Beira Rio ligando o bairro Jardim Maluche com o Dom Joaquim. 

Neste trajeto também haverá uma nova ponte ligando os bairros Rio Branco e Guarani, diminuindo o fluxo das vias principais dos dois bairros. O conjunto das obras está estimado em R$ 40 milhões e se todos os trâmites derem certo é possível que ainda este ano possa ser entregue a ordem de serviço para início das obras.

A boa notícia da construção de mais duas pontes nem esquentou e já na quarta-feira a ponte Prefeito Antônio Heil, no Guarani, veio abaixo, levantando o questionamento sobre a segurança das pontes em Brusque. 

A ponte do Guarani se junta a um histórico de problemas em pontes de Brusque. A primeira foi a queda da ponte Irineu Bornhausen, em agosto de 1980, que surpreendeu a cidade e rendeu muitas histórias.

Nem bem um ano depois, em fevereiro de 1981, foi a vez da ponte Mario Olinger desabar parcialmente deixando o trânsito caótico na época. Passados 36 anos, em junho de 2017, o pilar da ponte Arthur Schlosser rompeu, forçando a interdição total do tráfego. 

Neste ano, em abril, um novo susto, desta vez com a queda na cabeceira da ponte Santos Dumont, conhecida como a ponte da Bilu. Esta ocorrência ainda não chegou ao fim, a ponte continua em obras e tem a previsão de ficar pronta no final de agosto.

Sendo assim, todas as principais pontes do centro de Brusque, além da do Guarani e várias outras, já sofreram interdição por problemas estruturais, que por falha na execução, manutenção ou por fadiga rompem suas estruturas.

Precisamos ter a consciência de que estas pontes foram construídas há décadas atrás (a ponte do Guarani tem 52 anos) e estão diariamente sujeitas a um trânsito intenso. Além disso, nosso rio tem a característica de encher muito em épocas de chuva, aumentando a pressão e o desgaste na vida útil destas estruturas.

Nossa cidade está no meio de uma bacia. Temos o rio Itajaí-Mirim cortando a cidade e mais dezenas de rios e riachos que tornam obrigatória a utilização de pontes para que possamos nos locomover. Sem elas seria impossível viver aqui.

Por estes motivos é preciso urgentemente criar uma política de manutenção mais intensa, que torne seguras nossas pontes. Felizmente em nenhuma destas quedas houve vítimas, mas não podemos mais contar com a sorte. A queda de mais esta ponte é um aviso de que novas ações precisam ser aplicadas. Além do risco de vida, e dos recursos gastos, cada queda representa imensos transtornos que demoram meses até serem resolvidos e que a prevenção poderia mitigar.

Sendo assim, são muito bem-vindas novas pontes, elas representam mais liberdade de locomoção, agilidade e qualidade de vida. Mas daqui para a frente a manutenção das já existentes deixa de ser um assunto periférico para ser um tema central. 

Por mais que estas quedas de pontes tenham virado chacota nas redes sociais, o assunto é muito sério.  Esperamos que a construção de uma nova ponte no Guarani seja breve e que ações efetivas sejam implementadas para que este tipo de notícia não esteja mais tão presente em nosso noticiário e assim poder mudar esta pecha de cidade das pontes que caem, como já estamos conhecidos.

 

 

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