PA Santa Terezinha completa um ano de atuação com mais de 60 mil atendimentos em Brusque
Gestão avalia melhorias e dificuldades; hospitais não sentem redução na demanda
Gestão avalia melhorias e dificuldades; hospitais não sentem redução na demanda
No próximo sábado, 5 de julho, o Pronto Atendimento (PA) Santa Terezinha completará um ano de atuação em Brusque. Com atendimento 24 horas, a unidade já realizou mais de 60 mil atendimentos. Ao jornal O Município, a gestão municipal pontuou os benefícios do PA, os desafios enfrentados e a integração com os hospitais da cidade.
A diretora dos Serviços Especializados, Inajá Gonçalves de Araújo, afirma que a avaliação geral é extremamente positiva, com melhoria nos fluxos de atendimento, maior integração entre os profissionais e uma resposta mais ágil às demandas. Em média, a unidade realizou cerca de 5 mil atendimentos mensais, o que, segundo Inajá, evidencia a redução da sobrecarga em outros serviços do município.
“Naturalmente, como em toda estrutura nova, enfrentamos desafios iniciais, mas, com muito empenho da equipe e apoio da gestão, conseguimos superar esses obstáculos e aprimorar continuamente o serviço. Hoje, o PA atua de forma resolutiva e humanizada, absorvendo grande parte da demanda espontânea e atendendo com qualidade e segurança”, destaca.
Entre as principais dificuldades enfrentadas, Inajá aponta a necessidade de mais equipamentos específicos para urgências e emergências — como macas adequadas — e a complementação da equipe de monitoramento, com dois profissionais que estão em processo de contratação.
Ainda conforme a diretora, o PA conta com uma equipe multiprofissional formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, equipe de apoio, recepção, além dos profissionais das áreas administrativa e de higienização.
“Essa estrutura foi pensada para garantir qualidade no atendimento, acolhimento digno à população e condições adequadas de trabalho aos servidores. A gestão municipal mantém um olhar atento e sensível às necessidades do serviço e reafirma seu compromisso com a saúde pública de qualidade”, afirma.
Inajá reforça que a gestão continuará investindo na estrutura, nos recursos humanos e nos processos de cuidado.
“O PA é hoje uma referência no atendimento em urgência e emergência, e todos que atuam nele têm sido fundamentais para esse resultado. A população pode se sentir acolhida e segura: estamos no caminho certo, com responsabilidade, compromisso e, principalmente, com humanidade”, conclui.
Questionados sobre a redução da fila de atendimento com a abertura do PA, os hospitais Imigrantes e Azambuja afirmaram que acompanham as ações da unidade, mas que não houve diminuição significativa.
Embora o Hospital Imigrantes não atue como porta aberta pelo SUS e concentre o atendimento em consultas e procedimentos agendados ou convênios e particulares, a instituição afirma que segue acompanhando atentamente o cenário da rede de saúde do município.
“Na nossa rotina, o volume de atendimentos não sofreu redução em função da abertura do PA Santa Terezinha, considerando o perfil específico dos nossos serviços”, diz o hospital em nota.
A rotina da instituição inclui o atendimento a pacientes encaminhados de mais de 200 municípios catarinenses, o que resulta em movimento intenso em determinados períodos. Nesse cenário, o hospital não identificou queda expressiva em nenhum setor como reflexo direto da abertura do PA.
O Hospital Azambuja segue na mesma linha e também avalia de forma positiva a abertura do PA, mas afirma que não houve redução significativa na procura pelos atendimentos de urgência e emergência, que continua elevada. A instituição destaca que, em épocas de frio intenso, há aumento dos casos de síndromes respiratórias.
“A instituição continuará acompanhando a evolução dos atendimentos de forma permanente, sempre em colaboração com o sistema de saúde de Brusque”, conclui o hospital em nota.
Como surgiu e o que restou da primeira usina elétrica da região, criada em 1913 em Guabiruba: