Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Agosto: mês das vocações

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Agosto: mês das vocações

Pe. Adilson José Colombi

A Igreja Católica, presente no Brasil, em sua organização litúrgico-pastoral, tem vários meses, denominados “temáticos”. São aqueles que acentuam um aspecto particular da vida cristã católica. Um deles é agosto. O Mês das Vocações ou Mês Vocacional. Seu objetivo, já colocado pela 19ª Assembleia Geral da CNBB em 1981 é conscientizar as comunidades da responsabilidade que elas têm de compartilhar no processo de formação das várias vocações a serviço da construção do Reino de Deus.

Primeiramente, uma consciência sempre mais intensa e explícita da vocação comum a todos os batizados: a vocação à santidade. Todos, homens e mulheres, a partir do Batismo têm um chamamento comum: tornar-se santo ou santa. Cada um ou cada uma tem liberdade de seguir o caminho que se sentir chamado para realizar esse ideal fundamental de vida. Ninguém pode ser forçado a seguir esse ou aquele caminho. Inteira liberdade que o próprio Deus respeita. Lembrando sempre da fala de Jesus: “Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi …” (Jo 15,16).

Há quatro caminhos disponíveis para concretizar esse ideal de santidade. Não há um mais nobre que o outro. Todos são queridos por Deus porque é ele quem chama para a santidade, como um dom inteiramente gratuito. Por isso, toda a comunidade, por meio da Pastoral Vocacional, oferece a seus membros à oportunidade de optar pelo caminho que se sentir chamado: Presbiteral (sacerdotal) – Diaconal (vivendo o Sacramento da Ordem), Matrimonial (constituir e construir uma família, a partir do Sacramento do Matrimônio), Religioso/a (vivendo a Vida Consagrada, pelos Votos Evangélicos: pobreza, obediência e castidade), Leigo: casado ou solteiro/a (assumindo serviços e ministérios não ordenados, dentro da Comunidade Cristã).

No Mês Vocacional, cada domingo é reservado para a reflexão, oração e celebração de uma dessas quatro vocações particulares, tidas e vistas como caminhos de santidade. Vocação é um chamado do Senhor. É Deus quem chama e envia. Não há separação de vocação e missão. A iniciativa é toda de Deus. O vocacionado responde, livremente, a esse chamado. Daí, a importância e a necessidade de ter o apoio da família e da comunidade cristã do vocacionado/a na efetivação desse chamamento. Por isso, ter consciência que o chamado é do Senhor, mas, a resposta e a perseverança na vocação e na missão, a comunidade cristã também tem sua responsabilidade. Foi o próprio Cristo que disse: “Grande é a messe, mas poucos são os operários. Rogai ao senhor da messe que mande operários para a sua messe” (Lc 9,2). Todas as vocações são para trabalhar na “messe”, que na verdade é a construção do Reino de Deus.

Toda a graça da vocação de ser pai, de ser mãe, de ser padre, de ser religioso/a, de ser leigo/a engajado/a em algum serviço ou ministério não ordenado dentro da comunidade, seja lá o que for, se é Deus quem chama, toda a graça para executar a vocação vem dele. Quem foi chamado só precisa responder a essa iniciativa amorosa de Deus, como Maria, que disse: “Eis-me aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua Vontade” (Lc 1,38). Dizer sim e colocar-se em disponibilidade total para realizar a missão, com os dons que cada um/a recebe gratuitamente do próprio Deus.

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