Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

De onde vem a energia do cristão e da cristã?

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

De onde vem a energia do cristão e da cristã?

Pe. Adilson José Colombi

Cortando a barba, como faço todas as manhãs, com o barbeador elétrico, de repente, ele parou. Terminou o fornecimento da energia armazenada na bateria. Claro que não apreciei o momento. Mas, como sempre ocorre, cada bateria ou pilha tem o seu tempo de fornecimento de energia. Esgota-se e necessita de abastecimento. Tem seu tempo limitado. Não é indefinido. De tempos em tempos tem que ser alimentado. Senão, não há como continuar a prestar seu serviço.

O fato me fez pensar em uma homilia que Papa Francisco fez e que li e até guardei no meu computador. Mais tarde, visitei-a. Achei apropriada para uma crônica para essa coluna. Então, pus-me diante do computador, e inspirado naquela fala, saiu o que disponibilizo para você, amigo leitor e estimada leitora.

Assim, o Papa Francisco se expressou, em 07/06/2016, em sua homilia matinal na missa na capela da casa Santa Marta, em que mora. “Qual é a pilha para que o cristão ilumine? Simplesmente a oração. Você pode fazer tantas coisas, tantas obras, inclusive obras de misericórdia, pode fazer tantas coisas grandes para a Igreja – uma universidade católica, um colégio, um hospital… – podem até fazer a você um monumento como benfeitor da Igreja. Mas se não rezar, será um pouco obscuro, tenebroso. Quantas obras se tornam obscuras por falta de luz, por falta de oração. Aquilo que mantém, que dá vida à luz cristã, aquilo que ilumina é a oração”. “Este é o óleo, a pilha que dá vida à luz”.

Prosseguiu Francisco: “Também o sal, acrescentou, não dá sabor a si mesmo. O sal se torna sal quando se doa. E esta é outra atitude do cristão: doar-se, dar sabor à vida dos outros, dar sabor com a mensagem do Evangelho. Doar-se. Não preservar si mesmo. O sal não é para o cristão, é para doar. O cristão recebe para doá-lo, mas não para si mesmo. Os dois – isso é curioso –, luz e sal, são para os outros, não para si mesmo. A luz não ilumina a si mesma; o sal não dá sabor por si só”.

Certo – observou – pode-se perguntar até quando o sal e a luz podem durar se continuarmos a doar-nos sem parar. O sal e a luz, afirmou ainda, “não são para si mesmos”, são para dar aos outros “boas obras”. E assim, exortou, “resplandeça a sua luz diante dos homens. Para que? Para que vejam as suas boas obras e glorifiquem o seu Pai, que está nos céus. Ou seja: retornar Àquele que lhe deu a luz e lhe deu o sal”. “Que o Senhor nos ajude nisso – retomou o Papa – a cuidar sempre da luz, a não a esconder, mas colocá-la em prática”. E o sal… “dar o justo, o necessário, mas doá-lo”, porque assim não acaba. “Estas – concluiu – são as boas obras do cristão”.

Também em tempo de isolamento social ou confinamento é possível ser luz e sal, em nossos ambientes. Carreguemos nossas baterias ou pilhas para quando acabar esse tempo de pandemia possamos realizar mais boas obras do que antes.

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