Mais uma! Para quê?
Estranhou o título acima? Calma, já vou dar-lhe a chance de entendê-lo. A própria realidade que ele encobre, também não é fácil de identificar, porque penso que nem todos que estão envolvidos, nela, estão sabendo, com clareza, o que pretendem. Alguns, certamente, sim. E estão vivamente interessados. Outros, nem tanto. Bem, vamos deixar de escrever […]
Estranhou o título acima? Calma, já vou dar-lhe a chance de entendê-lo. A própria realidade que ele encobre, também não é fácil de identificar, porque penso que nem todos que estão envolvidos, nela, estão sabendo, com clareza, o que pretendem. Alguns, certamente, sim. E estão vivamente interessados. Outros, nem tanto. Bem, vamos deixar de escrever nessa linha, para dizer que a realidade visada é a tal da CPI da Pandemia. É o que tentaram fazer crer. Bem, ao menos foi o que se escutou e se leu. Pandemia, mas o “foco” mesmo, não está muito explicitado. Escuta-se dizer: as vacinas: por que atraso, omissão na aprovação, na autorização, na encomenda em tempo oportuno, a comprova, na logística…; outro possível foco, o próprio Governo Federal como um todo, com suas medidas tomadas ou omitidas; e outros focos não explicitados, mas bastante presentes nas atitudes já tomadas.
Poder-se-ia, de entrada, se questionar: se é o momento mais adequado para realizar uma CPI mista, nesse tempo de pandemia, onde todos deveriam, sem medir esforços e sem busca de interessados próprios, colocar-se a serviço de uma causa humanitária emergencial e atípica para aliviar e auxiliar a todos, sem exceção. Mas para isso, necessário se faz uma educação que tenha como valor básico, na convivência sociocultural, a priorização do bem comum. O bem comum que gera o exercício da efetivação da construção da fraternidade e da solidariedade, sobretudo, com os mais necessitados.
Não é bem isso que se nota e o que acontece no desenrolar da CPI, dita CPI da Pandemia ou com outros títulos. Na verdade, espero não estar equivocado, na minha modesta observação e ilação, que o tal do foco não é o que tentaram “vender” na mídia, é, porém, a Próxima Eleição da Presidência Federal e dos Membros do Congresso Nacional (senadores e deputados). Propositadamente, escrevi o “foco”, em maiúsculo e os do Congresso Nacional, em minúsculo. Porque o foco principal é o Governo Federal (o atual e o que será eleito). Mas, os deputados e senadores que estão na CPI, quase todos, senão todos, são candidatos explícitos alguns, outro estão brigando para sê-lo, seja para governadores de seus Estados, ou continuarem senadores ou deputados.
Vão fazer de tudo para aproveitar a CPI para se ”colocar bem na foto na vitrina política” para as eleições de 2022. Já que não podem se servir, abertamente, dos meios disponíveis, no momento, porque a legislação eleitoral não permite, encontraram “esse veio” que lhes oferece (para eles de graça, nós contribuintes pagamos) a ocasião oportuna para fazer a sua propaganda política, tranquilamente, sem serem molestados.
Nós, aqui, bastante distantes de Brasília, nos perguntamos: será que, nesse momento tão atípico, não existiriam “coisas” mais adequadas, oportunas, necessárias a fazer para um deputado e senador, em Brasília, no Congresso Nacional, do que essa CPI? Como todas as “Reformas” tão prometidas e nunca começadas ou realizadas.
Que pensa o caro leitor e a estimada leitora? O que fazer? Ainda nos resta uma arma poderosa que podemos acionar, no instante aprazado. É o nosso voto livre e consciente. É a arma permitida, na Democracia. Vamos usá-la bem, com liberdade e responsabilidade. E votar nos que pensam em trabalhar para a construção do bem comum. Será que temos chance de encontrar alguém. Penso que sim. Embora não com tanta abundância. Mas, acredito que exista. Vamos prestigiar não importa, tanto a tal da sigla, porque Partido Político (“p” maiúsculo) não há mesmo por aqui.