Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

O amor faz diferença

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

O amor faz diferença

Pe. Adilson José Colombi

O título acima só vale para um amor, iluminado por uma fé, que brota de uma aceitação e adesão a Deus que é Pai. Pai que se revelou na História como Pai que nos tem a todos como filhos e filhas. Esse amor tem rosto humano no rosto de Jesus Cristo. Ele ensinou a amar, por palavras e gestos. Então, toda a pessoa, mesmo que não esteja, formalmente, ligada a uma Instituição Religiosa, mas repete em sua vida os gestos de Jesus, está fazendo diferença. Porque está gerando mais paz, mais justiça, misericórdia, mais respeito à pessoa humana, mais amor nos relacionamentos humanos. Está, com seu testemunho de zelo e cuidado, construindo o que Jesus denominou a Boa Nova do Reino de Deus.

Claro que, se essa atitude humana for alimentada por uma fé madura e responsável, agrega, sem dúvida, um valor bem mais significativo e construtivo para todos os envolvidos. Por isso que concordo com muitas pessoas que não veem o mundo que nos cerca, em seus diferentes ambientes, como se tudo está ruindo. Que se expressam com frases semelhantes a essas: “Está tudo perdido, mesmo! Está tudo podre, mesmo!” E assim, vão “soltando” pessimismo, derrotismo, mau humor….

E, apesar de ser em parte verdade o que afirmam, mas não se pode generalizar. Há muito mais bem acontecendo, do que a maldade. Só que o mal tem mais visibilidade, aparece mais. O bem, a bondade acontecendo, a grandíssima maioria considera, muitos, certamente de modo inconsciente, como se fosse a tal da normalidade. O mal, a maldade é que atrai mais a nossa atenção humana. Basta observar o trânsito, quando flui, normalmente, ninguém se detém para olhar, mas se der um acidente e quanto mais grave, se aglomera um “batalhão” de pessoas curiosas.

Todos nós estamos constantemente empenhados em uma doação amorosa e generosa aos doentes, realizando uma missão preciosa, na Igreja e na sociedade, ao lado de quem sofre. Quando a doença chega a perturbar e às vezes a transtornar nossas vidas, sentimos a forte necessidade de ter um irmão ou irmã compassivo e competente ao nosso lado, que nos consola, nos apoia e nos ajuda a recuperar o precioso bem da saúde, ou nos acompanha até o final do nosso último encontro com o Senhor!

Nesta pandemia que ainda estamos vivendo, muitos tiveram a oportunidade de fazer essa diferença. Isto aconteceu em vários ambientes de nossa sociedade. Mas, gostaria de salientar dois deles: na família e nos hospitais e similares. Sim, quanta doação, entrega, presença ou ausências forçadas, profundamente sentidas e vividas, preces… em favor dos enfermos, nesses ambientes.

Gostaria, hoje, de salientar, reconhecer e valorizar o serviço, a abnegação, a doação de muitos médicos e paramédicos, nos hospitais públicos ou particulares, paramédicos, voluntários, alguns deram a sua vida, pela causa dos enfermos. Tudo isso fez a grande diferença nessa pandemia. Gestos de verdadeiro heroísmo, muitas vezes, sem os recursos adequados ou mesmo, apenas, com um “fio” de esperança de recuperação do paciente. Outras vezes, comprometendo sua vida pessoal, familiar e até sociocultural, pelo distanciamento ou ausência forçados.

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