Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Setembro: mês da Bíblia

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Setembro: mês da Bíblia

Pe. Adilson José Colombi

Setembro é mais um mês temático para a Igreja Católica: mês da Bíblia. Isto é, um mês para incentivar e intensificar a leitura, a meditação, a oração e a prática da Palavra de Deus. É evidente que a Palavra de Deus tem que ser sempre a luz que ilumina e inspira todos os nossos passos. “Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!” (Salmo 119:105)

Todavia, no mês de setembro, é preciso realçar essa familiaridade com a Palavra de Deus. Essa prática foi criada a partir de 1971 e setembro foi escolhido porque no último domingo celebramos o Dia Nacional da Bíblia, devido à proximidade da festa de São Jerônimo, patrono dos estudos Bíblicos, no dia 30.

O Concílio Vaticano II (1962-1965) retomou a afirmação de Santo Agostinho de que “ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Por isso fez um convite aos cristãos(ãs) para que se achegassem ao texto sagrado “pela Sagrada Liturgia, pela piedosa leitura e por cursos bíblicos”. Citando Santo Ambrósio, alertou para a necessidade de a leitura da Sagrada Escritura vir acompanhada pela oração, “pois a Deus falamos quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (SC nº 25).

Este ano, 2019, será o 48º em que a Igreja no Brasil comemora o Mês da Bíblia. Neste sentido, a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dando continuidade ao ciclo do tema “Para que n’Ele nossos povos tenham vida” propôs para o Mês da Bíblia o estudo da Primeira Carta de João, com destaque para o lema “Nós amamos porque Deus primeiro nos amou” (1Jo 4,19). O verbo amar é uma palavra chave da Primeira Carta de João. O lema recorda que o amor provém de Deus e chega a todas as criaturas. O amor é convite que pede uma resposta que é amar. Assim a resposta ao amor de Deus é o amor aos irmãos e irmãs.

Ter a Bíblia em casa, já é uma boa medida, não é suficiente, porém, para um cristão(ã). É preciso também ler o que nela está escrito. E a leitura não pode ser feita da mesma forma como se lê um jornal ou um romance. A Bíblia deve ser lida em clima de oração e com o coração voltado para Deus, prestando atenção à mensagem que Ele nos quer passar. É deixar-se questionar pela Palavra de Deus. Ela tem que, não só iluminar a minha vida, mas “entrar” nela e fecundar, gerar atitudes que a tornem visível, transformando a realidade exterior, adequando-a sempre mais à mensagem da Boa Nova do Reino de Deus. Dessa forma, a Palavra de Deus de “letra morta”, em um livro, se torna viva e vivificadora, por meio de minha pessoa.

Nesse mês devo me questionar: como estou frequentando a Palavra de Deus? Com que assiduidade e com que propósitos ou razões? Jesus disse que não basta ouvi-la, mas, sobretudo praticá-la, testemunhá-la com nossas atitudes, nossas obras que a manifestem, seja na família, seja na Comunidade. Também, poderia me perguntar: será que não seria bom participar de um Grupo Bíblico? Se não há ainda em sua rua, não seria o caso de ajudar a criar um, em sua rua?

Que no mês da Bíblia, em nossas vidas, em nossas famílias, em nossa Comunidade e, principalmente, na animação do nosso Grupo Bíblico possamos, cada vez mais, colocar a Palavra de Deus como centro de nossa ação evangelizadora.

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