A pandemia de Covid-19 forçou profissionais dos diversos setores de O Município a trabalharem de casa, trouxe diversos desafios e, assim como as paralisações de caminhoneiros de 2018, gerou quedas nas receitas em todo o país.

Passados mais de três meses desde o início da crise, o setor administrativo do jornal conseguiu readaptar as prioridades e já consegue fazer novos planejamentos.

“Diante do medo, nós podemos correr, podemos ficar paralisados e podemos enfrentá-lo. Decidimos pelo enfrentamento, e montamos uma estratégia junto ao RH, junto à equipe. Criamos um canal de comunicação mais direto, eficiente e transparente para que todos pudessem saber os passos da empresa e como superar os obstáculos do dia a dia”, comenta o diretor geral de O Município, Claudio José Schlindwein.

Na sua visão, a equipe de jornalismo vem desenvolvendo um trabalho de destaque em uma pandemia cujo fim ainda não é possível enxergar. “A redação faz um trabalho em todos os dias da semana para que o nosso leitor possa ter a informação mais completa. Isto se reflete na quebra de diversos recordes de audiência. Tivemos uma estratégia de recursos humanos, de mercado e de produto.”

A gerente administrativa de O Município, Viviane Noldin, relata que o planejamento para o ano foi totalmente readaptado, com novos projetos precisando ser adiados. No caso dos funcionários, foram aplicadas férias e o trabalho de casa, o chamado home office.

O deserto Centro de Brusque em 18 de março, primeiro dia de restrições no comércio | Foto: Bruno da Silva/Arquivo O Município

Em junho, os setores administrativo e comercial já possuem trabalhadores atuando presencialmente, com todas as medidas de segurança contra a pandemia. Na redação, alguns profissionais voltaram a trabalhar na sede do jornal, mas a equipe de repórteres segue em home office.

O setor que teve menos alterações foi a de distribuição da edição impressa. “Adequamos a distribuição a todos os cuidados possíveis, com prevenção, uso de máscara, cuidados na embalagem do jornal, cuidados na ocupação do espaço físico”, comenta Viviane.

Do ponto de vista financeiro, como inúmeras empresas, foi necessário buscar renegociações com clientes e fornecedores, e todos os compromissos vêm sendo cumpridos sem contratempos. “Precisamos readequar tudo para este cenário, sem saber o que viria pela frente. O que era possível reduzir ou prorrogar para passar por isso. Ninguém sabia o que ia ser. Se era um cenário mais pessimista ou otimista. A gente analisava diariamente. Hoje já conseguimos ver um pouquinho mais na frente.”

A capa de 19 de março

Dentro das possibilidades, a administradora avalia que a missão tem sido cumprida. Em uma crise sem precedentes, o jornal não precisou fazer quaisquer demissões. Em junho, Viviane afirma que há mais consumo e maior movimento, com a taxa de cancelamentos de assinaturas sem alterações.

“O pessoal quer se informar, quer a notícia local. As pessoas gostam e se mantêm informadas sobre a região. Este reconhecimento sempre é muito importante.”

“Já estávamos muito fortes no digital, criamos produtos novos, entramos em novas plataformas de maneira mais intensa e criamos também soluções ao cliente, para que ele possa continuar vivo, falando de seus produtos, de sua empresa, de seus lançamentos. Continuar a comunicação com a cidade.”

O saldo da gestão da crise foi bastante positivo, levando em consideração que a gerente, assim como tantas outras pessoas, jamais havia passado por situação semelhante.

“Em uma enchente, por exemplo, a gente sabe que uma hora vai terminar. Na greve dos caminhoneiros, houve um problema mais complicado em logística. Na questão da pandemia, foi algo geral com todo mundo, vários setores, mas estamos conseguindo passar por este desafio.”

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