Panorama nebuloso: agências de turismo de Brusque lidam com instabilidade do mercado

Momento, porém, é de conseguir bons negócios, com condições diferenciadas

Panorama nebuloso: agências de turismo de Brusque lidam com instabilidade do mercado

Momento, porém, é de conseguir bons negócios, com condições diferenciadas

As agências de turismo de Brusque e região vivem uma grande estabilidade por causa da pandemia de Covid-19. Além da situação crítica do Brasil em relação à doença, países do exterior têm protocolos diferentes em relação à visita de estrangeiros e algumas têm restrições específicas a brasileiros.

“Cada país está trabalhando diferente, não existe um consenso. O ideal é que a pessoa pensar muito bem no roteiro que está fazendo. Na Europa, por exemplo, mesmo com fronteiras abertas, os países estão com protocolos diferentes. Tem que ser estudado com muito zelo para não acabar investindo um valor e acabar perder isso”, destaca o proprietário da JRS Turismo, Jonas Rafael Schneider, empresa de Lontras que tem representantes em Brusque.

Segundo a proprietária da CVC de Brusque, Maitê Rodrigues Berti, até julho, a agência atendeu basicamente reacomodações e cancelamentos, mas que, aos poucos, a procura por embarques imediatos e viagens para 2021 vem sido retomada.

“Estamos com a expectativa de chegar em dezembro vendendo 50% do ano anterior. A retomada será gradativa, demorará cerca de dois a três anos para alcançar o patamar de vendas de 2019. As restrições das fronteiras realmente estão impactando muito, pois nosso maior número de vendas eram pacotes internacionais. Acredito que muitos destinos serão retomados apenas com a chegada da vacina”.

Agente de viagens sênior da Havan Viagens, Bruno Pedro Urbinatti Ferreira conta que poucos destinos brasileiros continuam fechados por causa da pandemia, mas muitos voos continuam sendo cancelados por causa da readequação da malha aérea. Apesar disso, Ferreira diz que o cenário de abril e maio já está superado.

“Ainda temos muitas situações de voos cancelados devido à readequação da malha aérea, o que causa, de certa forma, uma demanda de trabalho manual para as agências de viagens como num todo. Mas é nosso trabalho ajudar o cliente a chegar ao seu destino final, seja qual for o motivo da viagem. Hoje, em setembro, são poucos os destinos nacionais que estão fechados para turistas, mas, ainda é preciso cautela ao viajar”.

Possibilidade de pacotes com até metade do preço 

Por outro lado, o momento é de conseguir bons negócios. Pacotes internacionais para 2021 estão sendo vendidos por até metade do valor original mesmo com a disparada do dólar. Além disso, companhias aéreas estão oferecendo várias condições especiais, como possibilidade de trocas de datas de forma gratuita.

“As pessoas têm optados por pacotes a partir do ano que vem, para poder as coisas entrarem nos eixos. Nunca tiveram oportunidades tão boas como agora, tem muita gente aproveitando. Algumas coisas a gente liga de novo para as companhias para ver se o material está correto, de tão bom que eles vêm. As companhias estão se moldando, ajustando outras formas de pagamento, dando janelas maiores de troca”.

Schneider destaca que a procura ainda acontece de forma irregular e segue de acordo com a evolução da pandemia no país: quando o número de casos diminui, a procura aumenta, e vice-versa.

“O panorama ainda está bastante nebuloso. Desde março, a gente teve um fechamento total até maio, junho, e aí teve um aumento considerável pela busca e venda de pacotes para o próximo ano. Depois houve um agravamento no número de casos e o mercado já travou novamente. Agosto foi um dos piores meses”, destaca.

Proprietária da Rose Cia de Viagens, Roselaine Erthal Fischer, percebe uma vontade das pessoas de viajar em virtude do tempo de isolamento que o país e o mundo inteiro enfrenta.

“Estamos trabalhando muito, já vendendo viagens para alguns destinos dentro do Brasil. As pessoas estão cansadas de estar em casa, paradas, querem sair, passear, viajar. E as promoções para o ano que vem estão realmente muito boas, vale a pena se organizar”.

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