Parte dos torcedores do Bruscão é contra mando de jogos em São João Batista
Especulação da diretoria por problemas no gramado do Augusto Bauer tem baixa adesão da torcida
Especulação da diretoria por problemas no gramado do Augusto Bauer tem baixa adesão da torcida
A possível mudança da casa do Bruscão, pelo menos temporariamente, para São João Batista, não agrada a maior parte da torcida do clube. Manifestações espontâneas nas redes sociais contestam muito as tratativas que a diretoria do clube faz tanto com a prefeitura da terra do calçado quanto com a Federação Catarinense de Futebol (FCF) para passar a mandar suas partidas no Estádio Municipal Valério Gomes.
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Os motivos para a baixa aprovação da medida são variados. Um dos mais levantados é a falta de identidade que o clube teria, por levar o nome de uma cidade e jogar em outra – fato que não é novidade para clubes como Operário de Mafra, que joga em Itaiópolis, e Curitibanos, que tem como casa Paulo Lopes. Outros pontos bastante martelados foram a distância e os gastos que a torcida terá para acompanhar as partidas.
“Torcida não pode ser punida”
Um dos torcedores que mais acompanha o Bruscão é Engelbert Riehs. Para ele, os horários das partidas em dias de semana, que exigirão deslocamento, e também o custo que terá para transporte aos jogos em São João Batista são fatores que atrapalham.
Ele compreende que o gramado do Augusto Bauer está em más condições, mas não crê que mandar partidas em outra cidade seja uma boa alternativa. “ É claro que o campo está em um estado deplorável, mas a torcida brusquense não pode ser punida por isso. Além de ter que pagar o valor dos ingressos, ainda terá que pagar deslocamento para outra cidade e perder em torno de umas seis horas entre ida, jogo e retorno para Brusque”.
Ele propõe também soluções alternativas para que o time siga jogando na cidade. “Há outras maneiras de se ter uma melhoria no gramado para o ano que vem, tanto de forma amigável em fazer uma parceria com o Carlos Renaux na reforma do gramado, tanto em medidas legais para que se faça o cumprimento do contrato de aluguel com a infraestrutura em perfeitas condições”.
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Organizada é contrária
A Torcida Organizada Força Independente (TFI) se manifestou contrariamente à decisão de ir para São João Batista. Segundo o presidente da organizada, Airton Raiser, isto pode afastar a torcida. “Nós precisamos manter a torcida. Se realmente as partidas forem lá, não poderemos acompanhar os jogos fora de casa. É excesso de gasto”.
Raiser também diz que os esforços poderiam estar concentrados em melhorias no estádio Cônsul Carlos Renaux, do Paysandú, em vez de em outro município. “Devido à situação financeira que vivemos, viajar todo jogo é complicado. Só poderemos ir aos jogos se nos for disponibilizado ônibus, do contrário ouviremos transmissões das partidas na nossa sede, em frente ao Augusto Bauer”.