Partidos têm menos peso no governo Prudêncio

Ocupantes de dez dos 22 cargos do primeiro escalão têm filiação partidária, segundo o TSE

Partidos têm menos peso no governo Prudêncio

Ocupantes de dez dos 22 cargos do primeiro escalão têm filiação partidária, segundo o TSE

Dos 22 cargos do primeiro escalão da Prefeitura de Brusque, 12 são ocupados por pessoas sem filiação partidária. Os dez restantes são indicações de siglas partidárias do município. Conforme apurou o Município Dia a Dia junto ao sistema de consulta de filiação partidária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), PSD, partido do prefeito interino, PMDB e PP são os que mais ocupam cargos: dois para cada sigla.

Completam a lista de partidos que ocupam cargos no atual governo o PPS, o PSB, o PR e o PTdoB. Todos partidos que faziam oposição ao governo anterior, de Paulo Eccel. É importante ressaltar que, dos 22 cargos de primeiro escalão, três ainda não foram nomeados: na Secretaria de Assistência Social e Habitação, na Secretaria de Educação e na Fundação Municipal de Esportes; no entanto, os dois últimos já estão prometidos ao PP e ao PR, respectivamente.

Dentre os secretários que não têm filiação partidária, a maior parte é composta de advogados, tendo ainda militares e servidores de carreira. Em uma eventual candidatura de Roberto Prudêncio Neto ao paço municipal, em 30 de abril, se considerada a atual conjuntura política, a base aliada seria formada, além do PSD, por PMDB, PP, PPS, PR, PTdoB e PSB, este último sem representação no Legislativo.

Curiosamente, os dois partidos que ficaram com a maior fatia de secretarias, na divisão partidária feita por Prudêncio, foram o PP e o PMDB, os quais ocupavam a maior parte dos cargos também no governo Paulo Eccel, sem considerar o PT, partido do ex-prefeito. Tanto os progressistas quanto os peemedebistas avaliam que é mais forte a probabilidade de que o cenário se mantenha assim, até 2016, quando nova eleição, desta vez direta, será realizada.
PP e PMDB avaliam cenários

O PP, dos partidos que compunham o governo Eccel, parece estar mais à vontade para compor, também, o novo governo. O presidente da Câmara de Vereadores, Jean Pirola, ressalta que o partido foi convidado a indicar os nomes para gerir a Educação e o Turismo, sendo que, para a primeira pasta, a situação está mais difícil.

Ele confirma que o cargo de secretário da Educação foi oferecido ao advogado Juarez Piva, segundo vice-presidente da sigla, mas ele já o recusou. O partido ofereceu o cargo a outro nome, diz Pirola, mas este também o recusou. Ainda não há um terceiro nome para ser indicado, e agora a decisão se baseia em manter, de fato, a Educação com o PP, ou delegar a outra sigla.

Em relação à possibilidade do PP ser base aliada em um governo Prudêncio Neto, caso ele se candidate e vença a eleição indireta, Pirola diz que é cedo para afirmar, e que a sigla ainda vai se reunir para conversar a respeito. Mas ele garante: se houvesse uma votação, hoje, a maior parte da executiva está disposta a compor uma aliança com o prefeito interino.

Em relação ao PMDB, na ala do partido ainda ligada a Paulo Eccel, as conversas são bem cautelosas. O vereador Celio de Souza diz que nada foi acordado, em relação à composição junto ao governo interino, e que deve conversar com a executiva hoje.

Questionado sobre o fato de membros de seu partido terem sido nomeados por Roberto Prudêncio em cargos de primeiro escalão, Celio desconversa. “Não gostaria de emitir uma opinião ainda, vou aguardar o que a executiva vai decidir”.

Marciano Giraldi, membro da executiva do partido e nomeado na semana passada superintendente do parque Zoobotânico, afirma que ainda não houve uma discussão mais aprofundada, junto ao novo governo, no sentido de haver ou não uma composição mais duradoura (até as eleições de 2016, caso Prudêncio Neto seja eleito dia 30).

Os cargos nomeados pelo partido para o primeiro escalão, diz ele, foram escolhidos pela vontade do prefeito interino, não tendo sido uma indicação direta do partido, tampouco o preenchimento de uma cota partidária.
Guilherme Marchewsky, vereador presidente da sigla em Brusque, fala com mais segurança de uma aproximação do partido, para a próxima eleição, com o atual governo.

Apesar de afirmar que tudo está muito recente e que faltam diversas conversas a serem feitas, Marchewsky diz que é possível que o partido vote junto ao PSD na eleição indireta, a fim de compor um governo conjunto. “Nós temos dois votos, eles têm quatro”, pondera.

Há, contudo, pouco tempo para decidir, na sexta-feira desta semana encerra o prazo para que os partidos indiquem nomes para o cargo de prefeito e vice.

Primeiro escalão

Sem partido

Chefia de gabinete: Evandro Carneiro Flora
Defesa Civil: Valberto Dellantônia
Procon: Dantes Krieger Filho
Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema): Cristiano Olinger
Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan): Juliano Montibeller
Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae): Roberto Bolognini
Comunicação Social: Ana Roberta Venturelli
Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda: Luiz Carlos Rosin
Procuradoria geral: Danilo Visconti
Orçamento e Gestão: Cristiano Bittencourt
Trânsito e Mobilidade: Bruno Knihs
Com partido

Fazenda: Zeno Heinig (PSD)
Saúde: Crespa Zanatta Webster (PSD)
Obras: Jaison Knoblauch (PMDB)
Parque Zoobotânico: Marciano Giraldi (PMDB)
Turismo: José Luiz Cunha, o Bóca (PP)
Educação: não nomeado (PP)
Departamento Geral de Infraestrutura (DGI): Aurélio Tormena (PTdoB)
Fundação Municipal de Esportes: não nomeado (PR)
Fundação Cultural de Brusque: Michel Belli (PSB)
Instituto Brusquense de Previdência (Ibprev): Célio Francisco Camargo (PPS)
Assistência Social e Habitação: não nomeado*
*A preferência é por nome técnico

infográfico

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