Em busca de ser um clube multifacetado, o Paysandú sempre incentivou, treinou e formou equipes de muitas modalidades. O bolão e a bocha, atividades trazidas da cultura de imigrantes alemães e italianos, encontraram espaço no esmeraldino. Estas atividades, inclusive, partiam das demandas dos próprios associados e simpatizantes do clube.

Até mesmo o tênis de mesa foi uma das atividades promovidas no alviverde. Em 1930, uma equipe amadora usava as instalações do clube. O voleibol e o basquetebol foram modalidades praticadas principalmente pelas mulheres paysanduanas, sendo que, no caso do vôlei, o Paysandú chegou a ter quadra para a prática.

Claro que o futebol sempre foi o forte do Paysandú, já que foi por causa desta modalidade que o clube surgiu. É por isso que, mesmo longe das competições profissionais, ainda são formados elencos adultos amadores para disputar competições pelo município e pela região.

Vôlei e basquetebol

Voleibol chegou a ter quadra própria no Paysandú. Acervo Casa de Brusque.

Foi em 1925 que o basquete chegou a ser cogitado no Paysandú. A prática foi realizada com treinos e jogos amistosos, somente com as mulheres, mas a verdade é que o esporte foi praticado de forma tímida no alviverde, de modo que não há muitos registros do basquetebol paysanduano.

De qualquer forma, a prática fomentou entre os sócios a vontade de elaborar atividades esportivas alternativas ao futebol, principalmente para contemplar a ala feminina do esmeraldino. Em 1944 surgiu o Paysandú Voley Club, uma ala dentro do próprio alviverde voltado para a prática do voleibol feminino e masculino. Erico Appel doou para o esmeraldino um campo voltado para o vôlei, e no início teve grande aceitação dos praticantes e do público.

Contudo, estes esportes alternativos não resistiram ao tempo, e há apenas registros esporádicos de treinos ou projetos de curta duração.

O bolão do Paysandú

Jogo de bolão, praticado nos anos 1950. Acervo Casa de Brusque

Uma das modalidades preferidas dos imigrantes europeus que tomaram conta do Vale do Itajaí sempre foi o bolão. No Paysandú dos anos 1930 e 1940, a cobrança era diária para que a prática pudesse ser realizada. Exigia, é claro, investimento com a pista e o material básico, que consistia nas bolas e nos pinos.

Enfim, em agosto de 1948, foi criada a pista de bolão do Paysandú. Grandes times foram montados, e campeonatos importantes foram sediados dentro da pista de bolão do alviverde. A partir de 1960, contudo, dificuldades permearam a sustentação da pista. Foram décadas de decadência da prática, e mesmo esforços para angariar fundos apenas adiaram o inevitável. Em 2013, o bolão deixou de ser realizado no clube.

Futebol amador
Tendo como raíz o futebol, o Paysandú, sempre que pôde, colocou em campo equipes para disputar os campeonatos municipais e regionais amadores. A espinha dorsal, como não poderia deixar de ser, sempre foi o elenco de atletas que foram formados nas equipes de base do próprio clube, e passaram da idade das categorias inferiores. Na edição de 2018, inclusive, o time que defendeu o verde e branco foi semifinalista.

Nos últimos anos, a equipe amadora também tem participado das competições da Liga Blumenauense de Futebol (LBF), com a realização da Copa Krona. Desta forma o Paysandú segue oportunizando à atletas de Brusque participações em competições prestigiadas na região.


Você está lendo: Vocação ao esporte


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– 100 anos de esporte e cultura

– Datas, fundadores e hino do Paysandú
– Conquistas históricas
– Os ídolos alviverdes
– Coração paysanduano
– Zelo pelo patrimônio
– Formando vencedores
– A cultura verde e branca
– O alviverde em palavras