Taco na rua. Casinha na árvore. Tortas de lama. Pêndulo de folhas de coqueiros. “schlita” de tambor. Desbravamento da mata. Bonecas de abóbora. Fantasias de rede de peru. Cavalinho de pé de figo. Escalada de árvores. Vôlei sobre o muro. Futebol com traves de havaianas. Ping pong na mesa de jantar. Pega-pega. Pique-esconde. Sorvete de maria mole. Chipão. Ovo mole na xícara com miolo de pão. Arroz com leite. Doce “tunga”. Panqueca com geleia. Pizza caseira. Escolinha do Professor Raimundo. Tv Colosso. Castelo Rá-tim-bum. Caverna do dragão. Muppets. Sitio do Pica-Pau Amarelo.

As férias acabaram oficialmente nesta semana. E se levássemos ao pé da letra, junto com ela os “dias de festa” das crianças. Onde elas têm a oportunidade de suspender temporariamente (nem sempre) os seus precoces compromissos. Pensando sobre isso, pude me lembrar da época em que a minha vida corria sobre pés descalços. Tive o privilégio de guardar boas memórias desta fase, onde tudo era brinquedo, tudo era passível de sorrir.  Foi uma infância sorridente (não sei se intelectualizada ou pedagogicamente monitorada ou amparada tecnologicamente o suficiente ou com cardápios nutricionais balanceados ou devidamente registrada instantaneamente por selfies e …).

Sorridente.

Penso que ter tido a oportunidade de ter vivido aqueles instantes e transformado eles em memórias felizes, tenha sido o suficiente.

 

Registro positivo, por registro positivo. Registro positivo, por registro positivo….

 

Neste momento, minha única bandeira é a de que todas as crianças deveriam ter resguardada esta mesma oportunidade.

#paispresentes #larondemoraocoração #felicidadetendaanatureza #alegriasdetodafamília  #criançasendocriança

 
Méroli Habitzreuter – escritora, pintora e ativista cultural