Na manhã da última terça-feira, 28, a movimentada avenida Bepe Rosa — conhecida como Beira Rio — em Brusque, tornou-se palco de uma cena envolvendo a captura de um peixe de 12 kg com o uso de um estilingue de pesca.
*Confira a galeria de fotos no fim da edição
Às margens do rio Itajaí-Mirim, em frente à agência dos Correios, um pescador solitário ergueu seu troféu com firmeza e orgulho, atraindo olhares pela destreza e serenidade.
O protagonista é Hélio André Cardoso, morador do bairro Guarani e aposentado da empresa brusquense Irmãos Fischer, onde então trabalhou por três décadas.
Natural de Francisco Alves (PR), Hélio chegou a Brusque em 1989. Desde então, construiu uma vida marcada pela simplicidade, dedicação e amor pela pesca.
Aos 66 anos, divide os dias com a esposa, dona Evani, quatro filhos e cinco netos.
Com frequência, depois da caminhada matinal, costuma se dedicar ao rancho de pescaria, onde organiza equipamentos e aperfeiçoa técnicas criadas por ele mesmo.

Peixe fisgado com destreza
A captura da carpa, pois, não foi fruto do acaso. Para alcançar o feito, Hélio utilizou um estilingue de pesca — também conhecido como spincast —, equipamento que combina precisão e força.
Semelhante a um estilingue tradicional, é acoplado a uma carretilha presa ao punho. A linha conecta-se a uma fisga, pequeno arpão lançado por impulso direto.
Ao avistar o peixe, o pescador dispara com rapidez e mira certeira. É uma técnica que exige destreza, concentração e, acima de tudo, experiência.
Foi assim que Hélio fisgou a carpa de 12 kg, surpreendendo quem passava pelo local.
Alguns motoristas buzinaram em sinal de admiração, enquanto pedestres registraram a cena, que logo se transformou em um pequeno espetáculo espontâneo.

Entre rio, peixe e vida familiar
Quando não está à beira do rio, Hélio dedica-se aos afazeres domésticos e à criação de novos instrumentos de pesca.
Sua rotina revela um homem sereno, movido pela curiosidade e pela paciência — virtudes que o acompanham há décadas.
Embora já tenha conquistado outras grandes capturas, considera esta especial não apenas pelo peso, mas pelo significado.
O peixe simboliza o elo entre o homem e o rio, entre o trabalho e o repouso — um lembrete de que a verdadeira grandeza mora nos gestos simples.
Com efeito, a história de Hélio Cardoso transcende uma simples pescaria.
É o retrato de quem, nas margens do Itajaí-Mirim, encontra no silêncio das águas o sentido exato da tranquilidade e da vida.

A seleção de fotos
Para além da reportagem, esta edição então traz uma galeria especial de imagens que complementam a narrativa.
São registros que não se limitam ao momento da captura, mas percorrem o cenário onde Hélio costuma pescar, revelam detalhes de outras jornadas e traduzem, em imagens, a essência de sua relação com o rio e o mar.
A galeria está disponível ao fim da edição, logo após os anúncios.
Galeria após o apoio comercial
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Galeria de fotos
*Momentos que revelam a rotina e a paixão de Hélio pela pesca/Créditos: Hélio André Cardoso >>











*Paisagens ao redor do local onde ocorreu a pescaria, em Brusque/Fotos: Ciro Groh/O Município >>






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