Pelznickelplatz atrai 14 mil pessoas em Guabiruba neste ano

Última visitação de 2016 aconteceu neste domingo, 18. Público prestigiou a casa do Sackmann, a aldeia do Pelznickel, além de outras atrações

Pelznickelplatz atrai 14 mil pessoas em Guabiruba neste ano

Última visitação de 2016 aconteceu neste domingo, 18. Público prestigiou a casa do Sackmann, a aldeia do Pelznickel, além de outras atrações

O encanto e a magia do Pelznickelplatz atrai a cada ano mais público no bairro Imigrantes, em Guabiruba. Em 2016 não foi diferente – durante os seis dias de visitação, sendo que a última aconteceu neste domingo, 18, 14 mil pessoas de várias cidades do Vale do Itajaí passaram pelo local.

Dentre as atrações, o presépio do menino Jesus, o espaço da Christkindl, a casa do Sackmann – o homem do saco, apresentação do Terno de Reis, contação de história, além, é claro, da aldeia do Pelznickel, que como o presidente da Sociedade do Pelznickel, Ivan Elias Fischer define, ‘leva o público à loucura’. “Estamos muito contentes com toda a divulgação deste ano. Percebemos que mais pessoas de novos lugares estão vindo conhecer o Pelznickelplatz e gostando desse papai noel diferente que só tem em Guabiruba”.

Fischer lembra que a ideia da visitação surgiu numa brincadeira e que hoje faz parte do calendário de eventos do município. Em 2012, quando iniciou, foram 4 mil pessoas; em 2013 – 9 mil e de 2014 para cá o local recebeu cerca de 14 mil visitantes. “Pra nós é importante, já que a tradição dos antepassados está se mantendo e com isso a possibilidade de passarmos para os nossos filhos”, diz o presidente, que revela que em 2017 se estuda realizar o evento em outro espaço.

A aposentada de Brusque, Lídia Becker, do Souza Cruz, conheceu neste ano o Pelznickelplatz e ficou encantada. Na tarde de ontem, ela resolveu trazer as irmãs Odete Schlindwein, do Guarani e Lúcia Becker Carminati, do São Luiz, para também conhecerem o lugar. “É maravilhoso. Desde pequenas lembramos dos nossos primos brincando de pelznickel. Na época tínhamos medo e hoje entendemos um pouco mais dessa história”, diz Lídia.

Para Odete, o momento se torna mais especial por ser compartilhado em família: “Vim matar a curiosidade. Conhecemos só o papai noel de agora e acabamos nem mostrando para os nossos netos essa história. Ano que vem quero trazê-los”, afirma. Já Lúcia observa que os trajes de todos os personagens são bem feitos. “Eu queria vir. Só tinha visto nos desfiles e escutado muitas pessoas falaram que era legal”.

Respeito à cultura

A autônoma Karina Leite Inchostre, juntamente com o esposo, trouxeram os dois filhos de 2 e 5 anos de Blumenau para sentirem a magia de um período natalino diferente. Ela conta que ficou sabendo do Pelznickelplatz por meio de um jornal e decidiu trazer os pequenos para conhecerem o ambiente, que ela considera muito organizado. “Em Blumenau não temos isso e é uma cultura tão rica, que nos faz viajar por espaços diversos, desde a casa antiga, até a Christkindl, que é boazinha, ao pelznickel, que dá mais medo”.

O estudante João Gohr, 12 anos, do Centro de Brusque, desde 2012 visita o espaço e afirma não sentir medo do pelznickel. Com maturidade, o menino diz que é importante que a população saiba sobre essa história tradicional, que é internacionalmente conhecida. “Temos que resgatar, porque se não acaba ficando no esquecimento. Além disso, é uma forma de mostrar respeito as pessoas que fundaram essa sociedade e se preocupam em oportunizar estes cenários e essa história para nós”.

Aline Thaís Siegel, que aos 13 anos começou a se vestir de Christkindl, avalia que a presença feminina no espaço engrandece o Pelznickelplatz. “Ela representa a bondade e tem o papel de distribuir doces às crianças. Interpretar esse personagem faz a gente se sentir bastante realizada, já que além das crianças, pessoas de mais idade também vem falar com a gente e nos parabenizar. Acabamos fazendo parte da vida destas pessoas”, destaca.

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