Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

Personagens da história local: Guilherme Krieger – Parte II

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Personagens da história local: Guilherme Krieger – Parte II

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A história da família Krieger em Brusque começou em 1861, quando Karl Johann e os irmãos Jakob, Wilhelm e Johann Philipp, filhos de Carl Krieger e Anna Elisabetha Cullmann, deixaram seu torrão natal na Alemanha e, com suas esposas e filhos, emigraram para o Brasil.

O terceiro irmão e pai do Coronel Guilherme Krieger
Conforme Jorge Paulo Krieger (2018), o terceiro filho do casal Carl e Anna era Wilhelm Krieger (em português: Guilherme Krieger), nascido em Algenrodt no dia 15/01/1824 e falecido em Brusque em 11/10/1875. Ao chegar à Colônia Itajahy-Brusque, declarou ser padeiro.

Era casado desde 31/03/1846 com Catharina Reichardt, nascida em 1826, e falecida em Brusque no dia 12/06/1897. Wilhelm e Catharina tiveram 11 filhos: Wilhelm (1847-1932), conhecido como “Coronel Guilherme Krieger”, casado com Carolina Jungblut, e sobre o qual voltaremos a tratar; Caroline (1848-1851); Gustav (1850-1851), Gustav (1851) casado com J. F. Albertina Kreidlow; Helene (1854-1866); Wilhelmine (1855); Ferdinand (1858-1858); Eduard (1859), casado com Bertha Friedericke Maria Zircke; Ferdinand (1862-1866); Johan Karl Frederick (1865) e Maria (1868), casada com Leonardo Monegaglia.

O quarto irmão Krieger e o primeiro hotel de Brusque
O mais novo dos quatro irmãos se chamava Johann Philipp Krieger (em português: Felipe Krieger), nascido em Algenrodt no dia 23/07/1832, e falecido em Brusque em 23/11/l891. Ao chegar, declarou ser boticário e lavrador.

Era casado desde 24/08/1854 com Maria Catharine Schmidt, nascida em Elchweiler em 26/02/1837, e falecida em Brusque em 19/09/1891. Mosimann (2010) conta que no início Felipe era conhecido como Bäker (padeiro), depois foi dono do hotel “Zum Deutscher Kaiser”, o primeiro hotel de Brusque, e que sua esposa, Maria Catharine, chegou à Colônia Itajahy-Brusque dois anos mais tarde, em setembro de 1863, trazendo consigo a filha Charlotte. Segundo Krieger (2018) Johann e Maria Catharine tiveram doze filhos: Philipp (1856); Charlotte (1857-1903), casada em primeiras núpcias com Hermann Willerding e em segundas núpcias com Otto Moldenhauser; Philipp (1859-1863); Heinrich Philipp (1864-1905), casado com Emilie Maas; Gottlieb August (1866-1896), casado com Elisabeth Jönk; Wilhelm Ludwig (1868-1914), conhecido como “Schönen Wilhelm”, casado com Ida Scheurich, e que prosseguiu com os negócios de hotelaria do pai; Rudolf (1871), casado com Therese Pietsch; Hermann (1875-1913), casado com Bárbara; Emil (1877-1877); Maria Luiza (1878-1878); Anna Gertrud (1880-1880) e Johann Adrian Franz Ernest (1882, falecido antes de 1891).

A família Krieger e a Igreja Luterana em Brusque
Os Krieger fizeram parte das famílias que ajudaram a estabelecer a Igreja Luterana em Brusque. Conforme o site da Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECL), a história da Comunidade Luterana iniciou em Brusque com a chegada dos imigrantes pioneiros em 04/08/l860, pois dentre eles estavam as famílias luteranas de Augusto Hoefelmann, Frederico Guilherme Neuhaus, Frederico Orthmann, Daniel Walther e Luiz Richter, todos casados e com filhos, que foram estabelecidos à margem esquerda do rio Itajaí-Mirim, na localidade de Bateas.

À medida que chegavam mais imigrantes, os luteranos recém-chegados se somavam aos que já estavam na Colônia e, assim também foi com as famílias Krieger.

Em Bateas foi construída a primeira casa de oração, sendo o serviço religioso praticado pelos próprios colonizadores, mas, para batizar, casar, e serem confirmados, os luteranos se deslocavam até Blumenau.

Esses imigrantes, ainda que não o tenham percebido, foram os responsáveis por plantar a semente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Brusque.

Continua no dia 7 de junho.

Fonte:
KRIEGER, Jorge Paulo. Entrevista concedida à autora. 2018.
MOSIMANN, João Carlos. As famílias de Brusque, Guabiruba e Botuverá – Nos meandros do Itajaí-Mirim. Florianópolis: Edição do autor. 2010.

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