Pilotos levantam poeira em campeonato de Jeep e Gaiola Cross em Guabiruba

Segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Jeep e do Catarinense de Gaiola Cross atraiu grande público no município

Pilotos levantam poeira em campeonato de Jeep e Gaiola Cross em Guabiruba

Segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Jeep e do Catarinense de Gaiola Cross atraiu grande público no município

Dezenas de pilotos competiram neste fim de semana na pista montada na Chácara Alcides Seubert, no bairro Aymoré, em Guabiruba, pela segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Jeep e do Catarinense de Gaiola Cross.

Nesta etapa, as provas foram realizadas no formato indoor – pista estreita, com apenas dois pilotos por vez, sem direito a ultrapassagens.

As disputas “mano a mano” duram menos de um minuto e, na reta final, levantam poeira para cima do animado público, que lotou as arquibancadas montadas ao lado da pista, alcançando os prognósticos da organização.

As competições iniciaram na sexta-feira, 21, com o Catarinense de Gaiola, sendo finalizadas neste domingo, com as provas de Jeep.

No último dia de provas, o espaço estava bastante concorrido. Pilotos tentaram seu melhor tempo até a metade da tarde, já que às 15h30 iniciaram as finais.

Na pista estreita, os pilotos tiveram que demonstrar muita habilidade no volante. Ao menor despreparo o veículo subia o morrinho que separa uma pista da outra e, quando isso acontecia, além do murmurinho na plateia, o aviso certeiro do locutor.

“Se deixar subir vai perder tempo, com certeza”.

E perder tempo, nas provas do formato indoor, é péssimo negócio para os pilotos, em uma competição na qual décimos de segundo separam os vencedores dos perdedores.

Polaco, locutor no evento, destacou ao público, que acompanhava as disputas de Jeep, a complexidade que é a preparação para trazer o veículo à pista.

“Tem gente que acha que é só trazer o Jeep e correr. Tem o mecânico, o pessoal que trabalha com injeção. Temos que agradecer que tem gente que gosta de fazer Jeep Cross no Brasil, que estão investindo cada vez mais”.

Na tarde deste domingo, a chuva, que costuma marcar presença na etapa de Guabiruba todo ano, desta vez deu uma trégua. Polaco, que sempre acompanha a competição, diz que o sol abrilhanta a competição, cuja próxima etapa será durante a Fenajeep.

“A chuva complica o show do piloto, fica difícil fazer um tempo bom limita a velocidade, a dirigibilidade”, afirma.

Mesma adrenalina, mais segurança

O piloto Cleverson Geraldo têm experiência nas pistas. Há três anos ele participa das competições de Gaiola Cross Brasil afora.

Ele explica que sua motivação para começar no esporte surgiu da busca por mais segurança. Geraldo gostava de andar de moto, mas sempre foi receoso quanto ao risco de acidentes.

Cléverson Geraldo participa de competições há três anos, após decidir trocar a moto por gaiola

Com a Gaiola, diz, a adrenalina de pilotar uma mota se mantém, mas os riscos de acidente diminuem. Segundo o piloto, a revisão minuciosa do equipamento é fundamental para não ter surpresas desagradáveis na pista.

O piloto explica que o formato indoor, com a pista mais estreita, não é o seu preferido, por reduzir drasticamente o poder de manobra na hora da prova.

No entanto, ele diz que há pilotos que gostam deste formato e é preciso respeitá-los.

Gastos com manutenção do veículo

Debrair Pinheiro é piloto de Timbó e desde 2014 participa do Gaiola Cross. Ele começou apenas como brincadeira, não apreciava muito as corridas, mas com o tempo foi tomando gosto.

O piloto Debrair Pinheiro, que compete desde 2014, trouxe a esposa para a prova em Guabiruba

O piloto explica que a preparação para participar de cada etapa envolve muitos custos e mão de obra. Depois de cada prova, diz, o veículo fica com problemas de manutenção, e peças precisam ser trocadas, devido aos impactos na pista.

Pinheiro diz ainda que é preciso ter um mecânico contratado antes, durante e depois das provas, o que gera bastante custos.

Segundo o piloto, que veio a Guabiruba na companhia da esposa, a média de gastos para participar do campeonato de Gaiola Cross é de cerca de R$ 1 mil por etapa.

Iniciantes têm espaço na pista

Apesar de ser uma prova bastante difícil, devido à largura da pista, as competições de Jeep e Gaiola Cross também atraem pilotos iniciantes.

Um deles é Laedson Lehmkuhl, que há apenas dois meses participa das competições de Gaiola Cross.

Laedson Lehmkuhl participa há apenas dois meses das competições de Gaiola Cross

Ele estava na fila para entrar na pista e explicou à reportagem que conheceu o esporte por meio de familiares. O cunhado, por exemplo, atua há mais de uma década nas competições. Laedson, que sempre foi fã, foi incentivado a participar, e não se arrepende.

“É uma sensação muito gostosa, não tem como explicar. Quando está na pista, você esquece tudo o que está lá fora”, afirma.

Segundo ele, é preciso bastante treino para se dar bem na pista, além de ter um equipamento bom. Nessa etapa, por exemplo, Laedson foi o protagonista de dois capotamentos. Os danos ao carro, diz, são fáceis de reparar.

Isso porque é comum que peças de reposição sejam trocadas e negociadas entre os próprios pilotos, visto que cada um tem um número considerável delas.

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