Pinho Moreira e Moisés se reúnem para tratar da economia de Santa Catarina

O governador Eduardo Pinho Moreira e o governador eleito Carlos Moisés da Silva deram continuidade ao processo de transição nesta terça-feira, 30, no Centro Administrativo, em Florianópolis.

A primeira reunião foi realizada na Secretaria de Estado da Fazenda, para apresentação do panorama econômico do poder executivo.

“Mostramos os números de Santa Catarina, a situação que recebemos no início do ano, as medidas tomadas em 2018 e, principalmente, as projeções para 2019 que requer cuidado e contenção de gastos”, diz Moreira, que entregou a Moisés um relatório com dados de todas as secretarias, autarquias e empresas públicas.

Com cortes de gastos, de gratificações e de comissionados, redução das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) e controle de despesas, o déficit do poder executivo, que em janeiro era de R$ 2,04 bilhões para 2018, passou a ser de R$ 1,06 bilhão, segundo o atual governador.

“Nossa estimativa é encerrarmos 2018 com um déficit ainda menor, em torno de R$ 700 milhões”, afirma o secretário da Fazenda, Paulo Eli.

No entanto, a previsão é que, para 2019, o déficit seja ainda maior. Isso porque está prevista a destinação de mais 1% para a Saúde – o repasse será de 15%; o crescimento do déficit previdenciário; acréscimo de 1% de emendas parlamentares impositivas; e o cumprimento de quitação de dívidas do sistema prisional e da saúde.

Segundo a diretora do Tesouro Estadual, Michele Patricia Roncalio, a receita cresceu 6,7% entre janeiro e setembro deste ano, em comparação com o mesmo período no ano passado.

A principal despesa é com a folha de pagamento, de agosto de 2017 a setembro de 2018 os gastos com pessoal, entre ativos e inativos, foi de R$ 10,7 bilhões.

O estado estava acima do limite legal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, comprometendo 49,73% da receita líquida com a folha de pagamento. Hoje, Santa Catarina está comprometendo 48,63%.