PMDB de Brusque pede rompimento com governo federal
Documento será encaminhado à Executiva estadual e pede também a punição de envolvidos em corrupção
O diretório municipal do PMDB enviará à Executiva estadual documento em que solicita o imediato rompimento da sigla, em nível nacional, com o governo de Dilma Rousseff (PT). A solicitação foi aprovada na primeira reunião da nova executiva, liderada pelo empresário Danilo Rezini, eleito recentemente.
Nesta primeira reunião, Rezini informou que o partido, em Brusque, fez uma espécie de pacto de unidade, com vistas à próxima disputa eleitoral. “O PMDB sempre era dividido. Estávamos buscando esta unidade e conseguimos”.
Ele diz que um dos pontos acertados nesta reunião foi o entendimento de que o partido não pode mais permanecer ao lado do governo federal, diante da dificuldade de explicar o envolvimento de alguns políticos do partido nos escândalos de corrupção.
“Nós tínhamos que sair deste constrangimento. Diante disso, não tem outra saída, clamar pela severa punição de todos os corruptos e saída imediata do PMDB do governo Dilma, que está envolvido em um mar de lama e estagnando profundamente a economia do país”, afirma Rezini.
Na nota do partido à Executiva, obtida pelo Município Dia a Dia, o partido salienta que “tem sido protagonista, especialmente naquelas oportunidades em que o povo dá sinais de descontentamento em relação à conduta dos nossos governantes”.
“Nos últimos tempos enfrentamos algumas dificuldades no sentido de manter o partido unido tanto no estado como no município, por causa do descontentamento de alguns em relação aos governos municipal, estadual e principalmente federal”, diz um trecho da nota, que é assinada por Rezini.
“Não tem outra saída: clamar pela saída imediata do PMDB do governo Dilma, que está envolvido em um mar de lama e estagnando profundamente a economia do país” – Danilo Rezini, presidente do PMDB
O documento lembra a morte do maior líder do PMDB estadual, o senador e ex-governador Luís Henrique da Silveira, e que o partido, após isso, “se viu em uma situação crítica”, destacando que foi conseguida a formação de uma chapa de consenso, da mesma forma que em Brusque.
“Deixamos para trás as divergências e caminhamos firmes para um futuro promissor para nós e principalmente nossos filhos”, avalia Rezini. “No entanto, temos dificuldade de explicar o envolvimento de alguns maus políticos nos escândalos que tem sido noticiados diariamente em nosso país. Nós precisamos nos libertar deste constrangimento”.
O episódio é mais um capitulo das manifestações de insatisfação do partido. Algumas semanas atrás, o vereador e ex-presidente da Câmara, Guilherme Marchewsky, disse que não irá disputar eleições no próximo ano, devido à sua insatisfação com os rumos que a sigla toma, no plano nacional.