João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Praça do lazer e das noites de desassossego

João José Leal

Promotor de Justiça, professor aposentado e membro da Academia Catarinense de Letras - [email protected]

Praça do lazer e das noites de desassossego

João José Leal

Todos querem praça pública, com flores, gramado, parque infantil, bancos para se sentar à sombra de uma frondosa árvore. Agora, também com aparelhos de ginástica, porque a moda é se mexer, fazer exercícios.

Se possível, perto de uma boa sorveteria. Para alguns, melhor ainda se tiver uma choperia. Afinal, praça pública é espaço de lazer, de sossego e descanso, de reunião para conversas da saudade das tribos de gente da terceira ou quarta idade. É lugar de aprazíveis passeios da família. E, claro, também de românticos namoros dos jovens e apaixonados adolescentes.

É o que tenho presenciado nas tardes dos sábados e domingos na bela Praça Celso Bonatelli, do bairro Maluche. É bonito ver tanta gente, tantas famílias, pais e filhos, adultos, jovens e crianças, ocupando aquele espaço de uso comunitário, uns praticando esporte do jeito que der, alguns sentados, conversando, outros, fazendo piqueniques sobre o gramado, numa volta ao passado sem TV e sem praia.

Penso que todos assim querem que seja uma praça. E, assim é. Mas, só durante o dia. À noite, infelizmente, o ambiente ali se transforma. Pelo que tenho visto e ouvido, esses espaços públicos são usados por gente que não respeita a lei do silêncio nem o sossego alheio. Querem, apenas, fazer barulho infernal, algazarra sem limite, escutar música a mil decibéis e praticar atos de vandalismo. Enfim, fazem questão de infernizar a vida dos moradores do entorno da praça.

As praças do Sesquicentenário e do Terminal Urbano já estiveram no foco da página policial deste jornal. Da mesma forma, a praça Barão de Schneéburg conheceu um longo período de ocupação por moradores de rua, um dia chamados de andarilhos ou caminhantes de destino incerto.

Agora, parece que a Praça do Maluche é a preferida dos arruaceiros. Os moradores do seu entorno têm sofrido bastante com o barulho causado por esses perturbadores da ordem e do sossego alheio. É triste, mas a verdade é que perderam o sossego e têm vivido noites infernais, por causa da bagunça generalizada praticada por desordeiros, que não respeitam a tranquilidade alheia.

Nestas noites de verão, férias e calor, em vez de lazer coletivo, sadio e de relações solidárias, a praça do Maluche tem sido espaço de conflito, de reclamações e de justa indignação dos moradores. Sofrem com as algazarras, com música estridente e ensurdecedora.

Infelizmente, a bela praça tem sido um inconveniente palco de barulho insuportável e de bagunça perturbadora do sossego alheio. As autoridades precisam tomar medidas para garantir o direito ao sossego noturno dos moradores vizinhos ao referido espaço público.
Por isso, todos querem praça, bonita e bem cuidada. Mas bem longe da sua casa.

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