O esporte reivindica espaço

Caros candidatos à prefeito de Brusque. Domingo é dia de eleição, e se tem uma área que carece de atenção é o esporte. A terra que tem orgulho de falar de seus campeões, como Murilo Fischer, Soelito Gohr, Matheus Rheine e Marcio May também é a terra que, a cada ano que passa, investe menos nos seus atletas. O município que enche a boca para falar que é pai dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) e berço do futebol profissional catarinense aposta cada vez menos no esporte de base, o que acaba respingando no rendimento.

Ao invés de se incentivar a prática do esporte, corta-se bolsa atleta, reduz-se repasse de dinheiro à pasta esportiva e discute-se até o fim da Fundação Municipal de Esportes (FME). Cada vez mais acompanhamos talentos natos, que são germinados aqui, mas ora estão desistindo da vida de atleta porque não têm apoio, ora estão partindo para outras cidades que os respeitam mais.

Então, para o novo prefeito, seguem as seguintes sugestões para que o esporte brusquense saia do lodo em que se encontra: mantenha e fortaleça a FME, colocando profissionais que entendam do esporte e sem trocar o sonho de atletas promissores por um balcão de negócios políticos; desenvolva o paradesporto, segmento esquecido pelas últimas gestões; por fim, não busque somente bons resultados nos Jasc, desprivilegiando o investimento na base e nos atletas da casa.

No fim das contas não se trata tanto de dinheiro, e sim de respeito às associações esportivas da cidade e ao grande número de atletas que Brusque ainda consegue gerar.


Casa cheia para ver Matheus Rheine

O que aconteceu na sala 2 do Cine Gracher durante a noite de sexta-feira foi das cenas mais lindas e que mais mostram a capacidade dos brusquenses de serem gratos aos seus campeões. A sessão lotou para acompanhar o documentário do medalhista paralímpico Matheus Rheine – literalmente lotou, alguns espectadores precisaram sentar nas escadas. A produção, direção, edição e escolha das cenas foi primorosa e não deveu nada em relação às grandes reportagens exibidas nos canais pagos por aí. O diretor Sérgio Azevedo, morador de Brusque, está de parabéns pela grande obra, a qual nitidamente colocou seu coração para que desse certo.

Sala de cinema do Cine Gracher ficou lotada para ver o documentário. / Foto: Cristóvão Vieira
Sala de cinema do Cine Gracher ficou lotada para ver o documentário. / Foto: Cristóvão Vieira

Em boa companhia

Vale registrar a presença, durante a sessão, de entusiastas do esporte brusquense. O técnico da equipe de ciclismo Brucicle, Eduardo Gohr, acompanhou o documentário junto com seu filho, o ciclista de ponta André Gohr, ao lado da namorada, a atleta da Apaab Gabriela Noldin. O casal de maratonistas Jefferson Prette e Aline Simas também assistiu, bem como o responsável pela associação paradesportiva Projeto Transcender, José Antônio Gonçalves Rios, o professor Rios.


Sem educação física?

Deixar a disciplina de educação física como opcional no ensino médio é enfraquecê-la. Os bons professores desta matérias, aqueles que não resumem suas atuações a entregar uma bola de futebol para os meninos e uma de vôlei para as meninas, não podem pagar pelos maus. É preciso entender, de uma vez por todas, que nada vale uma mens sana sem um corpore sano.

Barroso será cascudo

Invicto e voando baixo na Série B do Catarinense, o Clube Náutico Almirante Barroso está próximo de confirmar sua presença na elite do estadual. Consequentemente, será adversário do Brusque. É preciso ficar de olho neste grupo porque, se não for desmanchado para a próxima temporada, pode ser um osso duro de roer. A equipe tem a mesma espinha dorsal e comando técnico desde a Série C em 2015, depois o elenco foi emprestado para o Naviraiense, do Mato Grosso do Sul, ou seja, está bem entrosado e preparado para os desafios que vem por aí.

MEMORIA

Alma de boleiro

Publicado por Eduardo Alencar Azambuja em Curto Fotos Antigas de Brusque
Publicado por Eduardo Alencar Azambuja em Curto Fotos Antigas de Brusque

O futebol sempre chamou a atenção dos brusquenses. Competições municipais, como o tradicional amador, que por anos foi gerenciado pela finada Liga e hoje é administrada pela FME, sempre foram destaque. Mas não menos importantes são as competições realizadas pelos clubes esportivos, como o que destaca a foto. O registro é de uma competição na Sociedade Esportiva Bandeira, nos anos 1990. Os membros da foto não foram identificados, portanto quem reconhecê-los pode encaminhar seus nomes para o e-mail [email protected] colaborar com a sessão.