Prefeitura de Brusque e Hospital Azambuja não chegam a acordo sobre reajuste financeiro

Contrato foi renovado por 30 dias até nova rodada de negociações

Prefeitura de Brusque e Hospital Azambuja não chegam a acordo sobre reajuste financeiro

Contrato foi renovado por 30 dias até nova rodada de negociações

Após reunião na terça-feira, 12, o Hospital Azambuja e a Prefeitura de Brusque renovaram por mais 30 dias o contrato de prestação de serviços. O atual convênio venceu neste mês. O valor, que é de compra de procedimentos, ou seja, o hospital só recebe mediante a prestação de serviços, não sofreu reajuste.

Atualmente o governo repassa cerca de R$ 1,8 milhão ao mês à instituição, sendo que R$ 550 mil são de receita própria e o restante são oriundos dos governos estadual e federal.

O administrador do Azambuja, Fabiano Amorim, diz que há mais de 1 ano e meio o hospital não recebe reajuste, e que por isso, vai esperar os próximos 30 dias para voltar a negociar.

O hospital reivindica reajuste conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA Saúde), que seria um aumento de 14,85%, o equivalente a aproximadamente R$ 70 mil a mais.

“O contrato já foi renovado em março sem reajuste. Hoje o Azambuja é um dos hospitais da região que menos paga os profissionais que trabalham nos plantões de sobreaviso”, diz o administrador, referindo-se ao valor do convênio, que também é destinado a este fim. “Nossa preocupação é que daqui a pouco não conseguiremos mais fechar escalas”, completa Amorim.

Além disso, segundo ele, o hospital sofre com a dívida do estado, que mensalmente vem aumentando. Atualmente, cerca de R$ 1,5 milhão está em aberto.

A prefeitura, por sua vez, acredita ser fundamental a continuidade do contrato com o hospital Azambuja. No entanto, a proposta atual é manter os valores do contrato até março de 2018.

“É uma questão que deve ser tratada com muita racionalidade. Até o ano que vem poderemos estar em uma situação econômica mais confiável e discutir valores que possam ser cumpridos pela gestão”, afirma o secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Fernandes Molina.

“Sabemos que o Azambuja tem fundamental importância para a saúde da cidade, inclusive até com certo grau de excelência no atendimento, mas é prudente que a gestão tome decisões baseadas em números que não inviabilizem a gestão administrativa e financeira do município”, destaca.

O contrato
Entre os itens descritos no contrato e que devem ser cumpridos pelo Azambuja estão: internações em clínica médica, pediátrica, obstetrícia e cirúrgica; procedimentos relacionados à emergência e urgência; procedimentos de atenção especializada; atendimento ambulatorial; plantão e sobreaviso; cirurgias eletivas, entre outros.

Além disso, o valor do repasse pode sofrer pequenas variações, conforme o número de procedimentos realizados. Em agosto, por exemplo, a prefeitura repassou R$ 550 mil e os governos estadual e federal R$ 1,2 milhão, totalizando R$ 1,75 milhão.

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