Prefeituras da região gastam mais de R$ 150 mil com locação de imóveis

Em Brusque, a prefeitura gasta R$ 120 mil em aluguel de imóveis; 21% a mais do que em 2015

Prefeituras da região gastam mais de R$ 150 mil com locação de imóveis

Em Brusque, a prefeitura gasta R$ 120 mil em aluguel de imóveis; 21% a mais do que em 2015

Atualmente, a Prefeitura de Brusque desembolsa R$ 120,6 mil por mês com a locação de imóveis para utilização própria. O valor representa 21% a mais do que os aluguéis do ano passado – R$ 99,2 mil mensais.

Divulgados pelo Observatório Social de Brusque, os dados mostram que, ao todo, são 22 espaços alugados pela administração municipal. Desses, 11 estão vinculados à Secretaria de Educação, nove à Secretaria de Saúde, um à Secretaria de Obras e um à Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema).

Entre todos os espaços, a sede administrativa da Secretaria de Obras, localizada no bairro Nova Brasília, registra o valor mais elevado. Mensalmente, são gastos R$ 20 mil no aluguel do local.

Em seguida, estão o almoxarifado para uso da Secretaria de Educação, no bairro Jardim Maluche (R$ 12 mil) e a sede da Vigilância em Saúde e dos Serviços de Atenção Especializada, localizados no Centro (também R$ 12 mil).

Por outro lado, entre os aluguéis mais baixos estão as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Santa Terezinha (R$ 1 mil), Guarani (R$ 1 mil) e Santa Luzia (R$ 1,9 mil).

Avaliação

O ideal, para o chefe de gabinete da prefeitura, Leônidas Pereira, seria que a administração conseguisse utilizar apenas imóveis próprios para todos os serviços públicos oferecidos à população. Entretanto, afirma ele, o procedimento é inviável atualmente.

Para diminuir os gastos, uma das medidas adotadas pela prefeitura é a fusão de algumas secretarias e entidades. Com a reforma administrativa, afirma Pereira, será possível sair de alguns imóveis.

“Por exemplo, vamos deslocar a Fundema para o parque Zoobotânico e então vamos tentar acomodar o pessoal. Já vai ser uma economia de R$ 4 mil no aluguel”, diz. “Queremos que a Fundema já esteja atendendo no Zoo em julho”, completa.

Paralelo à reforma, a construção de novos postos de saúde nos bairros Limeira Alta, Rio Branco, São Pedro, Zantão e Limoeiro, e a aquisição de terrenos para o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), afirma o chefe de gabinete, também são medidas adotadas para reduzir o valor dos aluguéis.

Aumento anual

Em relação ao aumento de 21% de 2015 a 2016 no valor total dos aluguéis, Pereira afirma que o crescimento refere-se aos reajustes anuais. Ele diz ainda que o número de imóveis alugados atualmente, sobretudo para as secretarias de Educação e de Saúde, foram as alternativas encontradas pelas administrações anteriores para atender ao aumento da população.

“A população de Brusque aumentou muito nos últimos 15 anos e isso demanda de mais pessoal, de mais escolas, de mais postos de saúde. Então o município não acompanhou essa evolução adequadamente e teve que fazer essas adaptações”, diz.

Guabiruba e Botuverá

O Observatório Social de Brusque também divulgou dados das prefeituras de Guabiruba e de Botuverá. A administração municipal de Guabiruba gasta, atualmente, R$ 26 mil com o aluguel de 11 imóveis.

O aluguel da sede do Corpo de Bombeiros, localizada no Centro, registra o valor mais alto. São gastos R$ 4,3 mil mensais no espaço. Em seguida, está a Secretaria de Educação, que custa R$ 4 mil aos cofres guabirubenses.

Em contrapartida, o estacionamento dos usuários da Casa da Cidadania (R$ 371,80) e o estacionamento e o depósito da Secretaria de Obras (R$ 700,00) são os espaços mais baratos alugados pela prefeitura.

Para o prefeito, Matias Kohler, o aluguel dos imóveis é uma despesa necessária, em especial, porque a prefeitura não dispõe de estrutura física para abrigar todas as secretarias e os demais serviços públicos.

“De maneira geral está dentro das previsões de orçamento. E temos necessidade de manter enquanto não há área física e nem condições de construir”, afirma.

Em Botuverá, o gasto mensal da prefeitura com alugueis é de R$ 3,6 mil em três imóveis. O valor mais alto está relacionado à creche municipal do Centro, que custa R$ 1,8 mil mensais à administração municipal.

“Só aquele prédio tem condição de ter uma creche. Ele tem características específicas. E esses valores não são altos. Estão dentro do que o mercado opera no município”, avalia Rogério Comandolli, assistente administrativo da Prefeitura de Botuverá.
20160518-5

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