Presidente do Brusque comenta possibilidade de liga nacional e Lei do Mandante

Danilo Rezini apoia as ideias gerais, mas adota cautela sobre como mudanças afetariam o quadricolor

Presidente do Brusque comenta possibilidade de liga nacional e Lei do Mandante

Danilo Rezini apoia as ideias gerais, mas adota cautela sobre como mudanças afetariam o quadricolor

O presidente do Brusque, Danilo Rezini, apoia a chamada Lei do Mandante, recentemente aprovada na Câmara dos Deputados, e a criação de uma liga que envolva os 40 clubes das Séries A e B, que vem sendo discutida ao longo dos últimos meses. O dirigente, contudo, tem algumas ressalvas e vê com cautela estas duas frentes podem mudar a situação do quadricolor.

O clube participou por videoconferência na reunião realizada em São Paulo (SP), em 28 de junho, para debater as possibilidades da liga. Foram realizadas conversas com três grupos, que apresentaram suas ideias sobre a criação e a administração da possível liga. Outras reuniões devem acontecer nas próximas semanas, e o objetivo dos clubes é ter todas as definições necessárias para a fundação já no começo deste semestre.

Para Rezini, a liga contribuirá para que os clubes tenham mais força na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Caso a ideia saia do papel, a CBF ficaria encarregada da administração das Séries C e D, da Copa do Brasil e das seleções brasileiras.

“Queremos ser parceiros da CBF, mas administrando nosso próprio campeonato e mantendo o bom relacionamento. Hoje a CBF banca viagens, alimentação, e ainda repassa uma cota mensal considerável. Temos que avaliar se os pequenos vão ganhar na liga tanto quanto ganham hoje. Os pequenos precisam ter um valor considerável. Se continuar a mesma coisa, não adianta.”

“Hoje o Brusque é o caçula. Nós sempre iremos pela maioria. O Brusque não vai mudar a história do futebol. Porém, teremos um voto que valerá tanto quanto o voto do Flamengo. Tudo está convergindo para que esta liga saia do papel”, comenta.

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Lei do Mandante

A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira, 14, a Lei do Mandante (PL 2336/21), cuja premissa é dar aos clubes mandantes o direito de negociar a transmissão de uma partida sem considerar os contratos da equipe visitante. O projeto ainda vai ao Senado.

A ideia já havia sido tratado pela Medida Provisória 984/20, que perdeu a vigência sem ter sido votada. As novas regras previstas não seriam aplicadas aos contratos celebrados antes da vigência da futura lei. Ou seja, se a lei entrasse em vigor hoje, os clubes ainda estariam sujeitos aos acordos atuais.

Rezini vê com cautela a questão da Lei do Mandante. “Existe a ideia de cada clube ter a liberdade de vender seus jogos para quem quiser. Flamengo, Corinthians, Vasco, Inter, Grêmio, Atlético-MG, Cruzeiro, Bahia, enfim os grandes… Eles têm facilidade de obter muito dinheiro para os jogos, têm muito publico para vender na televisão. Mas, por exemplo, o Brusque mandante num jogo contra outra equipe menor? Por quanto vamos vender, para quem? Estamos preocupados com isso também.”

“Até apoiamos a ideia, porque todos os clubes estão apoiando. No sentido de tentar melhorar. Ponto. Agora, se isso será melhor para os pequenos, é um ponto de interrogação. Espero que sim.”


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