Presidente da Casa avalia seu mandato, que se encerra em 18 dias

Guilherme Marchewsky faz balanço dos seus dois anos de mandato

Presidente da Casa avalia seu mandato, que se encerra em 18 dias

Guilherme Marchewsky faz balanço dos seus dois anos de mandato

O presidente da Câmara de Brusque, vereador Guilherme Marchewsky (PMDB), reuniu a imprensa na tarde desta quinta-feira, 27, para fazer um balanço dos seus dois anos de mandato. A gestão dele frente ao Legislativo se encerra no dia 16 de dezembro, quando será realizada a última sessão ordinária do ano. No mesmo dia, ou um dia depois, será escolhido, por votação aberta, o novo presidente, que comandará a Câmara por mais dois anos.

Na entrevista, Marchewsky autoavaliou a sua gestão, apresentou números relacionados à tramitação de projetos e falou sobre a relação entre Legislativo e Executivo. Mais uma vez, ele reiterou que é um dos nomes à disposição para concorrer à prefeitura de Brusque em 2016.

Ele destaca a economia de custos do Legislativo. Nas atuais contas da Câmara de Vereadores, cerca de R$ 1 milhão do orçamento destinado à Câmara deve ser devolvido à prefeitura, no fim do ano. Na nova eleição para a presidência, está quebrado o acordo previamente formulado com PT, ainda em 2012. A intenção era de que a base do governo, hoje em minoria, apoiasse um nome petista para presidir o Legislativo no segundo mandato. Contudo, o racha na base aliada cria um cenário de incerteza para esse pleito.
Participação popular na Câmara

“Particularmente, eu gosto de ver a população participando. O regimento exige algumas regras, e quando percebi que havia alteração, em dois momentos, chamei a polícia, porque não entendi que era momento de manifestação daquela forma. Mas o momento de aplauso, de participação, sinto que é importante. Nosso cidadão começou a participar mais, tivemos a casa cheia porque o cidadão se sentia agraciado. Sentar aqui e ficar calado as três horas não tem muita graça, a graça está na participação. Gostaria que o regimento previsse isso, e ele ainda está em estudo, porque é bem complexo”.
Pedidos de informação

“Quando o vereador faz isso, é porque alguém fez uma denúncia. Regimentalmente, tem o prazo de 30 dias para que sejam respondidos. Algumas secretarias têm muito trabalho, às vezes o pedido de informação é muito extenso, aí entendo que se pode ter uma certa demora. Mas às vezes há um descuido de alguns secretários, descuido de atendimento. Esperamos que isso não aconteça, que se possa cumprir o prazo determinado”.
Vetos e queda de braço

“O Legislativo tem que ser independente, receber o projeto e avaliar, de maneira que ele possa dar suporte à população, porque é dinheiro público que está em jogo. Até dado momento, todo projeto do Legislativo era aprovado, não sei se a Procuradoria não tinha interesse em fazer uma leitura minuciosa. No momento em que houve a ruptura, parece que a Procuradoria começou a questionar os projetos, e vetá-los, inclusive projetos que não trariam nenhum custo ao poder Executivo. Esperamos que a Procuradoria olhe com mais carinho para os projetos, e que isso não aconteça mais”.
Reunião com o prefeito

“Quando o prefeito Paulo Eccel me ligou, disse a ele que seria possível. Conversei com os vereadores, mas o grupo decidiu não ir. A base dos nove vereadores entendeu que não era o momento de estar próximo, e sim esperar os projetos e fazer uma análise criteriosa. Mas a casa está aberta a discussões. Não houve interesse da base, e como vereador, entendi melhor ficar de fora dessa reunião, e como presidente nada poderia decidir. O Legislativo vota em tudo que é necessário para a população brusquense. Parece que, em muitos momentos os prefeitos, não só em Brusque, entendem que o vereador tem que ir na linha deles. Eu penso que não é isso, o Legislativo tem que questionar. A gente vê a troca de cargos, a troca de favores. Se é pra ser parlamentar dessa forma, eu não quero. Não sinto segurança quando um legislador fica à mercê do Executivo. É necessário sempre ter um resguardo do Legislativo, neste sentido”.
CPI das oficinas

“Vamos ter sim um resultado, como está tendo a CPI do Samae. As tomadas de decisão dentro do Ministério Público são para que os envolvidos sejam punidos. A CPI apenas irá levantar dados, ela não julga. O julgamento cabe ao Judiciário, e se ele tomar uma decisão rápida, pode ser precipitada, incorreta. Muitas vezes, já vimos inocentes serem condenados. Mas quem for culpado, o Judiciário vai mostrar. Tenho certeza de que nossa CPI vai trazer resultados e vai ajudar na investigação e nos julgamentos dos culpados”.
Prefeitura em 2016

“O PMDB me deu essa condição. Poderia ter me retraído dentro do partido, mas coloquei essa condição. É muito complexo dizer que um dia teremos um partido unido em torno de um nome só. No ano passado fizemos uma eleição de nova diretoria, e a minha chapa foi a vencedora. E nesse sentido começamos a construir um trabalho. Para 2016, é muito tempo, mas sou uma pessoa que se organiza. Fui candidato em 2012, mas minha programação começou em 2010. Assim como hoje, estou me preparando para ser o candidato em 2016. Estava me preparando para ser candidato a deputado estadual, mas entendemos que precisávamos de mais um, e nesse sentido trouxemos o Danilo Rezini. O projeto de 2016 passava pela análise do nome do Danilo, e o PMDB foi muito bem. Nosso nome está aí, à disposição”.

 

Números de 2014
Indicações 269
Moções 151
Pedidos de informação 124
Requerimentos 93
Sessões ordinárias 38
Audiências públicas 9
Projetos de lei 156
Projetos de lei complementar 9

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