Primeira cirurgia bariátrica pelo SUS no Hospital Azambuja deve ser realizada no segundo semestre

Entenda como é o processo de credenciamento do hospital para realização de cirurgias de alta complexidade pelo SUS

Primeira cirurgia bariátrica pelo SUS no Hospital Azambuja deve ser realizada no segundo semestre

Entenda como é o processo de credenciamento do hospital para realização de cirurgias de alta complexidade pelo SUS

A primeira cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Azambuja deve ser realizada entre julho e agosto deste ano.

A habilitação do hospital para este tipo de procedimento pelo SUS veio no fim do ano passado e, desde então, a equipe trabalha para a preparação do paciente.

Gilberto Bastiani, gestor administrativo do hospital, explica que no caso da cirurgia bariátrica, o processo desde a habilitação do hospital até a preparação do paciente é mais complexo.

“Uma equipe multidisciplinar que envolve psicólogo, nutricionista, nutróloga, equipe médica clínica acompanha o paciente até ele estar apto para o procedimento. São várias etapas. Leva de seis a oito meses”.

De acordo com o gestor, quando o Hospital Azambuja foi credenciado para realizar a cirurgia pelo SUS, foi criada uma nova fila de espera para este tipo de procedimento que inclui pacientes de Brusque e da região: Guabiruba, Botuverá, Nova Trento, São João Batista, Canelinha, Major Gercino e Tijucas. Atualmente, mais de 300 pessoas aguardam na fila para fazer o procedimento.

A gerente de operações do hospital, Sheila Citadini Pamplona, explica que cada município tem sua demanda para a especialidade e, conforme o médico atesta a necessidade da cirurgia, o paciente entra para a fila e inicia o acompanhamento com a equipe do hospital.

Outras especialidades

O credenciamento do Hospital Azambuja para realização de cirurgia bariátrica pelo SUS iniciou em 2017 e foi concluído somente no fim do ano passado. A unidade hospitalar também está em busca do credenciamento para outras especialidades, como cirurgias oncológicas e de ortopedia e traumatologia.

No entanto, este não é um processo simples e não depende apenas do hospital ou da Secretaria de Saúde de Brusque.

“Cada especialidade é um tipo de dificuldade. A bariátrica ficamos quase cinco anos tentando e aconteceu porque era uma necessidade do estado. Já estamos tentando o credenciamento para todas as especialidades que já fazemos via particular e convênios, mas não é fácil”.

De acordo com o gestor administrativo, o estado tem um valor único para esses procedimentos e para que o hospital de Brusque seja credenciado pelo SUS, tem que tirar recursos de outros municípios que já são habilitados, por isso a dificuldade.

No caso da bariátrica, Bastiani explica que o Ministério da Saúde criou um recurso novo para este tipo de procedimento, por isso foi possível incluir o Hospital Azambuja na lista dos hospitais que realizam a cirurgia pelo SUS.

“Para a cirurgia oncológica, nós seríamos um braço do Hospital Santo Antônio, de Blumenau. As cirurgias viriam do bloco financeiro deles, então é mais complexo. O mesmo aconteceu com a ortopedia, que o hospital de referência é o Marieta, de Itajaí”.

Apesar das dificuldades, o hospital iniciou o pedido de credenciamento. No caso da ortopedia, o estado já realizou a primeira vistoria. Alguns ajustes foram solicitados e, após serem atendidos, o processo vai para o Ministério da Saúde. “Lá, vamos aguardar até um momento que tenha orçamento para que possa liberar o credenciamento para a gente”.

De acordo com Bastiani, no caso das cirurgias eletivas de ortopedia, o paciente leva de seis a nove anos da primeira consulta até realizar o procedimento pelo SUS. 

A gerente de operações destaca que o hospital já atua em todas as áreas da ortopedia por convênios e particular, por isso, tem condições de realizar também as cirurgias pelo SUS. 

“Temos todos os profissionais, estamos mais do que preparados, com equipamentos de ponta. Só aguardando a autorização para iniciar”.

Hemodinâmica

A situação da hemodinâmica, que foi inaugurada em outubro do ano passado, também é semelhante. Atualmente, o equipamento que realiza exames minimamente invasivos, atua via particular e convênios.

O hospital tem um contrato com o governo do estado que autoriza a realizar 10 exames emergenciais pelo SUS por mês, no entanto, de acordo com Bastiani, a demanda é bem superior.

“Apesar de ter esse contrato, não conseguimos atender a fila dos pacientes eletivos, que não são tão graves e estão aguardando. Nestes casos, o paciente é encaminhado para o Hospital Santa Isabel em Blumenau, que é a referência. Também estamos na busca pelo credenciamento”.

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