Procura por conversão de veículos para GNV cresce em Brusque

Com aumento de preço da gasolina e paralisação dos caminhoneiros, empresas credenciadas no Inmetro têm demanda maior

Procura por conversão de veículos para GNV cresce em Brusque

Com aumento de preço da gasolina e paralisação dos caminhoneiros, empresas credenciadas no Inmetro têm demanda maior

As três oficinas mecânicas de Brusque homologadas junto ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como instaladoras de sistemas de Gás Natural Veicular (GNV) tiveram aumento da demanda nos últimos dias. Além do aumento constante promovido pela Petrobras sobre o preço da gasolina, um pico de procura ocorreu durante a paralisação dos caminhoneiros, de 21 a 30 de maio.

A sócia-proprietária da Mecânica Bertolini (registrada como Finaster no Inmetro), Graziela Bertolini, explica que a demanda quase triplicou no período das paralisações. Atualmente são feitas duas ou três conversões para o sistema GNV por dia, e a agenda para junho está praticamente fechada. Os custos dependem do veículo no qual será feito o serviço, mas são estimados entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.

“Desde dezembro, com os aumentos da gasolina, a procura já estava bem maior. Depois do fim do mês, foi uma loucura. Só não estamos atendendo ainda mais porque não temos estrutura para fazer mais do que fazemos hoje”, explica.

Na oficina Gascar, a demanda também é grande. Desde a semana iniciada em 25 de maio, foram mais de 15 conversões. “O telefone não para de tocar. As pessoas querem ter uma alternativa se algo como aquelas paralisações acontecer de novo”, conta o proprietário, Anderson Severino.

Apesar da crescente demanda, a oficina Cane foi afetada com as paralisações do fim de maio. Diversos orçamentos foram feitos a potenciais clientes, mas os cilindros do sistema GNV não foram entregues no tempo habitual por causa dos bloqueios feitos nas rodovias. “A procura continua grande. Talvez nem tanto pelas paralisações, mas pelo preço da gasolina”, explica a gerente do estabelecimento, Iliete Martins,

Vantagens e desvantagens
Graziela Bertolini explica que, além da questão ambiental, com o GNV sendo menos poluente que outros combustíveis fósseis, não há possibilidade de adulteração como há na gasolina, por exemplo. Depois das paralisações dos caminhoneiros, um dos pontos fortes do GNV acabou se revelando em sua independência do transporte rodoviário. O principal ponto forte do GNV, no entanto, é a economia.

“Com os aumentos no preço da gasolina, a economia chega em torno de 60%. E são 20% a mais de autonomia. Se um litro de gasolina rende 10km, 1m³ de gás rende 12km”, conta.

Apesar dos ganhos, o uso do GNV também acarreta em alguns pontos fracos, como o uso do porta-malas para instalação de cilindros em alguns modelos de veículos. É possível também que haja uma leve perda de potência no motor. No caso de veículos 0km, a conversão para GNV é um fator que pode levar à perda da garantia.

Regularização
Para legalizar o sistema GNV junto ao Detran, é necessário ter feito a conversão em uma das empresas registradas pelo Inmetro. Inicialmente, o motorista precisa pegar a autorização junto ao Detran para ir à oficina mecânica e contratar o serviço.

Então, é necessário levar a documentação entregue pela oficina até um local credenciado para vistoria. Os papéis do processo precisam ser apresentados para a emissão de um novo documento do veículo. Em Brusque, quem presta o serviço é a Etesul, localizada na rua Edgar von Büettner, no bairro Bateas.

“Pela segurança e pela garantia, é importante que a conversão seja de forma toda oficial. Algumas pessoas acabam contratando o serviço em locais e aí para regularizar tem que trocar todo o equipamento. Acabam pagando duas vezes”, explica Graziela.

“É muito raro, mas pode acontecer de uma instalação mal feita causar problemas, até explosões. Mas geralmente as pessoas procuram para poder regularizar”, conta Severino.

 

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