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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Projeto apresentado no Congresso torna Brusque a Capital Nacional da Cuca

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Projeto apresentado no Congresso torna Brusque a Capital Nacional da Cuca

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Capital da cuca
Por solicitação dos vereadores de Brusque, o deputado federal Rogério Mendonça, o Peninha (PMDB), apresentou esta semana, em Brasília, projeto de lei que torna Brusque a Capital Nacional da Cuca. “Há alguns anos a cidade já tem recebido turistas ávidos por conhecer e experimentar essa iguaria da cozinha local. O produto também tornou-se item de presente dos moradores para amigos e parentes de outras localidades”, explica Peninha, o qual relembra que, desde 2014, Brusque passou a sediar o Festival Nacional da Cuca, que teve sua quarta edição realizada em julho deste ano.

Incremento no turismo
“A concessão do título de Capital Nacional da Cuca ao nosso município se traduz em importante forma de reconhecimento das tradições germânicas, bem como um incremento interessante ao turismo”, avalia o vereador Deivis da Silva (PMDB), que levantou o tema na Câmara de Vereadores. O projeto de lei ainda aguarda despacho da mesa-diretora da Câmara dos Deputados.


Recomendação
O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) recomendou que o município de Botuverá anule a dispensa de licitação que resultou na contratação da Associação Brasileira de Concursos Públicos para realizar um certame no município. Foi dado prazo de 48 horas para que seja informado se o prefeito de Botuverá aceita ou não a recomendação. Caso contrário, o Ministério Público informou que ajuizará ação para anular a dispensa. A Prefeitura foi notificada na manhã de ontem.

Suspeita de irregularidade
A 3ª Promotoria de Justiça de Brusque pediu a anulação da contratação pelo fato de que identificou suspeitas de irregularidade no contrato. Para o promotor Daniel Westphal Taylor, o motivo da dispensa, que seria a capacidade técnica da empresa, não está demonstrado. Aliás, a investigação da Promotoria sequer conseguiu identificar um único concurso público que tenha sido realizado pela empresa.


Novo vereador
O suplente Valdir Hinselmann (PRP) assumiu nesta semana, por 30 dias, a cadeira de Cleiton Bittelbrunn (PRP) na Câmara de Vereadores. Em requerimento aprovado pelo plenário, Bittelbrunn pediu licença do cargo para tratar de assuntos particulares, de 1º a 30 de agosto de 2017. Hinselmann participou da sessão solene para entrega de títulos de Cidadão Honorário, na terça-feira.


 

//EDITORIAL

Brusque, ontem e hoje

Hoje comemoramos 157 anos de nosso município. Podemos nos considerar uma cidade jovem, afinal, são poucas gerações que nos separam da fundação de Brusque até hoje. Ainda convivemos com anciãos que tiveram seus avós vindos da Europa para colonizar esta terra. Neste tempo muitas transformações ocorreram e a cada etapa de nosso desenvolvimento a cidade mudou sua feição.

Você pode conferir muitas destas mudanças no caderno especial que circula hoje, intitulado “Retratos da história”. Ele traz a comparação de fotos antigas com atuais, em diferentes lugares e períodos.

A primeira impressão que temos quando viajamos ao passado, é a beleza que era nossa cidade. Mesmo com ruas sem pavimentação, Brusque era limpa e sua arquitetura nos fazia parecer uma daquelas cidadezinhas da Europa. Um brinco.

A evolução não poupou esta beleza, e muitos destes lindos cenários hoje foram substituídas por construções sem graça, por placas, postes, fios, e uma infinidade de penduricalhos que nos deixaram aparentando uma cidade velha e acabada.

É claro que precisamos crescer e nos desenvolver, mas fizemos isso de forma desordenada. Imagina-se que se o barão de Schneeburg tivesse vivido mais tempo por aqui, teríamos uma cidade diferente.

Vamos ter nosso período julgado quando as futuras gerações virem as fotos de hoje e compararem com as do futuro em que vivem

Como tinha uma formação sólida, se preocupou com o planejamento da colônia. Projetou a ocupação, executou ruas retas, pesquisou a morfologia do rio, fazia censos para saber quem estava aqui e o que fazia. Assim tinha subsídios para dar os próximos passos e ser assertivo em suas decisões numa época de parcos recursos.

Mas, infelizmente, ficou pouco tempo e não conseguiu dar escala aos seus projetos.

Os que o sucederam não tinham a mesma lógica e desde lá viemos numa gangorra de gestões, que hora acertam a mão e hora não tem noção do que fizeram e deixaram fazer. Mas não adianta olhar para o passado e ver a oportunidade perdida.

Ainda podemos transformar a nossa cidade com boas ideias e ações que valorizem seus traços, ressalte suas qualidades, devolvendo a jovialidade que lhe é devida.

Deixando a questão urbanística de lado, não podemos deixar de falar de nossas conquistas. Desde o início tivemos uma forte aptidão para a industrialização e empreendedorismo, sendo o berço da fiação catarinense. Também no esporte fomos referência, sendo o Vovô do futebol, com o primeiro time de Santa Catarina e com a realização dos primeiros Jogos Abertos.

Inovamos até na questão eleitoral, com a primeira urna eletrônica do Brasil. Fomos uma das cidades pioneiras na malha, na venda por atacado e em centenas de iniciativas que nos tornaram uma cidade forte, trabalhadora.

Estes valores não podemos perder. Eles foram nosso porto seguro nos momentos difíceis e podem se nossa bússola para um futuro melhor.

Alinhar esta “alma brusquense” que tem a vontade de crescer e vencer com um desenvolvimento sustentável é o grande desafio que temos. Quanto mais criativa e holística for a visão neste sentido, mais bonita, funcional e geradora de qualidade de vida será Brusque.

Nossa geração é responsável por este momento, por este desafio. Vamos ter nosso período julgado quando as futuras gerações virem as fotos de hoje e compararem com as do futuro em que vivem. Se piorarmos ainda mais o quadro é porque fomos incapazes de agir e transformar nossa realidade.

Mas se novamente tivermos boas imagens daqui para frente é porque estamos bem na foto e este é o nosso desejo.

 

 

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