Projeto educacional de Brusque sobre saberes indígenas conquista destaque nacional
Alunos do 5º ano aplicam técnicas regenerativas e estudam microclima com estação meteorológica
Alunos do 5º ano aplicam técnicas regenerativas e estudam microclima com estação meteorológica
Alunos do 5º ano da Escola de Ensino Fundamental Prefeito Alexandre Merico, em Brusque, vêm se destacando ao unir tecnologia e conhecimentos tradicionais, como o cultivo de aipim e ervas medicinais, no projeto “Cultivar para regenerar”.
A iniciativa é uma das dez finalistas nacionais do Prêmio Liga Steam 2025, que reconhece projetos inovadores desenvolvidos por educadores de escolas públicas em todo o país. O prêmio é baseado na metodologia educacional Steam que integra Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática e tem como foco a transformação social por meio da educação.
O ponto de partida do projeto foi a investigação de práticas sustentáveis no cultivo do aipim, valorizando os saberes dos povos indígenas e sua relação com o cuidado da terra.
Durante o processo, os estudantes participaram de uma imersão em uma aldeia indígena, além de encontros com representantes do Horto Municipal, da Fundema e da comunidade local. Também visitaram um engenho, onde acompanharam todas as etapas da produção da farinha, da plantação até a finalização.
A partir dessas experiências, os alunos realizaram o plantio de aipim, ervas medicinais e hortaliças na horta da escola, aplicando técnicas de cultivo regenerativo prática agrícola que busca restaurar e aprimorar a saúde do solo e dos ecossistemas.
Paralelamente, as turmas investigaram fenômenos atmosféricos com o apoio da estação meteorológica escolar, analisando dados sobre o microclima local e compreendendo sua influência no desenvolvimento das plantas.
Segundo a professora Lucimar Rocha Gazaniga da Costa, idealizadora do projeto, a experiência foi enriquecedora por promover o protagonismo dos alunos e integrar diferentes áreas do conhecimento.
“Desenvolver essa ação foi uma vivência transformadora. Os alunos se envolveram em cada etapa, desde o estudo sobre as práticas indígenas até a aplicação das técnicas de cultivo regenerativo”, destacou a professora Lucimar Rocha Gazaniga da Costa.
“Ser um dos 10 finalistas é um reconhecimento não apenas do projeto, mas também de uma trajetória de mais de 20 anos dedicados à educação na rede municipal de Brusque”, concluiu.
Essa integração entre ciência, tecnologia e saberes tradicionais permitiu ampliar a compreensão sobre a relação entre cultura, clima e sustentabilidade.
Como resultado, a turma desenvolveu um sistema de irrigação sustentável para o período de recesso escolar, e pesquisou novas formas de aproveitamento do aipim, desde receitas para a merenda até a produção experimental de bioplástico, uma alternativa sustentável e inovadora para o meio ambiente.
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