O prefeito Jonas Paegle não fez muitas promessas para a área da saúde enquanto concorria ao cargo, em 2016: foram apenas seis. Curiosamente, em se tratando de um médico com mais de 40 anos de profissão, seu plano de governo para a área foi bem condensado.

Aliado a isso, tampouco fez propostas mirabolantes, como constava em discursos de outros candidatos, de zerar filas por procedimentos.

Na prática, isso rendeu a Paegle um alto percentual de promessas cumpridas na área da saúde durante os primeiros dois anos de mandato: das seis, somente uma não foi cumprida. No entanto, três delas foram cumpridas parcialmente.

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Uma das que foram cumpridas com falhas foi a distribuição de remédios básicos e de uso contínuo a toda a comunidade. No início da gestão havia um déficit no estoque de remédios, entrave encontrado pelo secretário da saúde, Humberto Fornari.

A situação deveria se normalizar até abril de 2017, mas no início de maio ainda havia a falta de medicamentos. No fim do mesmo mês, a prefeitura fez uma licitação própria de medicamentos porque os remédios não estavam sendo entregues por meio do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (Cisamvi), o que atrasou o fornecimento.

Após uma auditoria interna a secretaria da Saúde conseguiu os fornecedores para os medicamentos da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remune).

Em junho de 2017 a prefeitura criou o Programa de Assistência Farmacêutica, após mudar o almoxarifado da secretaria para um novo imóvel.

No mês seguinte firmou uma parceria com a Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que resultou na análise da política de assistência farmacêutica. A avaliação rendeu uma contratação de 47 estagiários de nível técnico e de graduação que atuarão nas unidades básicas de saúde para auxiliar no controle de gestão de estoque.

Em 2018 a Prefeitura investigou fraudes no reembolso de medicamentos concedidos pelo Instituto Brusquense de Previdência (Ibprev), em 2017 e em 2018, por meio do programa Auxílio Medicamento. Tais fraudes prejudicavam os cofres públicos.

No que toca à promessa dos mutirões de saúde, a prefeitura lançou o programa Fila Zero em março de 2017 com o objetivo de diminuir a fila de exames consultas e cirurgias. Em quatro meses de programa foram realizadas mais de 20 mil consultas com especialistas.

Também lançou a fila única para cirurgias eletivas e realizou o mutirão de cirurgias e consultas oftalmológicas, com mais de 700 procedimentos cirúrgicos, cumprindo a proposta de campanha.  

Quanto à proposta de construir novos postos de saúde em bairros descobertos, a prefeitura cumpriu parcialmente, considerando que apesar de ter inaugurado novas unidades básicas de saúde, algumas ainda estão em construção. No bairro Limeira Alta, a UBS está finalizada porém sem atendimento, o que sobrecarrega as atividades do posto de saúde do Limeira.

Em novembro e dezembro de 2017 a prefeitura inaugurou nova unidade de saúde nos bairros Rio Branco e São Pedro, respectivamente.  Em agosto de 2018, foi inaugurada a nova UBS do Centro. A UBS Santa Luzia será instalada na antiga creche do bairro.

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Em 2019 a prefeitura pretende investir uma parte do orçamento da seguinte forma: construção da unidade de saúde do Zantão; construção da unidade de saúde do Emma II; reforma da UBS Ponta Russa; reforma da UBS Santa Luzia; reforma da UBS Jardim Maluche; reforma da UBS Cedrinho.

A construção das UBS do Zantão e do Emma II foi suspensa porque a empresa responsável pelas obras cancelou o contrato em março de 2017.

Uma promessa não cumprida pelo governo foi a de “lutar para trazer o tratamento da quimioterapia para Brusque”. Não há notícia de qualquer ação do governo para tornar Brusque referência no tratamento oncológico na região.