Proprietário é responsável por retirada de enxame de abelhas em residências

Morador deve contratar serviço de apicultor; proliferação é mais comum entre novembro e fevereiro

Proprietário é responsável por retirada de enxame de abelhas em residências

Morador deve contratar serviço de apicultor; proliferação é mais comum entre novembro e fevereiro

Aparentemente inofensivo, ataques de abelhas são frequentes no Brasil. Um estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) aponta que por ano são registrados cerca de 10 mil ataques de abelhas no país – destes, 150 levam à morte. Em Brusque é comum que moradores tenham problemas relacionados à enxames dos insetos nas residências. Também é frequente o cidadão não saber a qual órgão recorrer para a retirada das abelhas.

Valquíria Cim da Silva, moradora do Jardim Maluche, conta que desde novembro do ano passado um enxame de abelhas está próximo à sua casa. Devido à colmeia, ela precisa manter uma janela fechada. Valquíria diz que ligou para vários órgãos e que nenhum soube informar de quem é a responsabilidade por retirar a colmeia. “É um problema meu que acontece com outras pessoas e não sabemos pra quem recorrer. É preciso alertar a população para sabermos a quem procurar”.

Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) e Fundação do Meio Ambiente (Fundema) são acionados regularmente por moradores do município. Porém, estas entidades não possuem obrigação legal de remover o enxame, nem os equipamentos necessários. A obrigação para dar fim correto à colmeia é do próprio proprietário do terreno.

A Cidasc diz que é responsável apenas pela defesa sanitária animal. A Fundema afirma que não possui profissionais preparados para a função e nem equipamentos. A Defesa Civil acredita que os bombeiros devem atuar nestes casos. Por sua vez, o sargento Vanderlei de Souza explica que o proprietário da residência deve procurar um apicultor. Ele diz que os bombeiros podem ser acionados para verificar o enxame e dar orientações aos cidadãos, mas não para eliminá-lo. “É preciso observar se não é uma colmeia que está de passagem, que vai ficar um, dois dias e vai embora. Se for antiga tem que solicitar a uma pessoa especializada”.

Retirada do enxame

Com a chegada da primavera, as abelhas rainhas começam um novo ciclo de reprodução. Por isso, é mais comum o aparecimento de enxames nesta época. Desde 1989, Edi Carlos Weber atua em Brusque como apicultor. Ele conta que no período de fevereiro a novembro, quando a abelha “solta o enxame”, faz cerca de 15 atendimentos ao mês. Basicamente é preciso capturar a rainha e colocá-la na caixa para protegê-la – o resto do enxame segue para o mesmo lugar. “O procedimento depende de cada situação e local. Mas é retirado o enxame, colocado na caixa padrão (para abelha) e levado para o mato, onde volta para o seu habitat natural”.

Weber diz que na parte baixa do telhado de casa e em residências onde não há lajes, é mais difícil realizar o procedimento. “Pode demorar de 20 minutos a uma hora, é relativo, pois um enxame chega a ter de 20 a 80 mil abelhas”. O valor do serviço varia de R$ 200 a R$ 400. Informações no 8451-0009 e 9649 -8334.

A TuttiAgro também possui equipamentos para que os apicultores façam a retirada da colmeia. Na loja são disponibilizados desde caneco soldador de cera, jalecos, luvas, macacão, máscara com chapéu, até quadro para melgueira e gaiola para introdução e transporte de rainha.

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