Mexer com a memória é sempre algo surpreendente. Ainda mais quando a gente espera que essa memória não seja só individual, mas que vibre em uma quantidade maior de pessoas.

Sábado passado, na abertura da exposição BQ80, quando Brusque foi a Capital do Rock no Sul, esse eco se revelou forte. Bastante gente sentiu o impacto de relembrar os velhos tempos dos anos 80, aqui na cidade.

foto: Noah Silva

Lembrando que a exposição é uma realização da Modateca da Univali, em parceria com o curso de Design de Moda e a Escola de Artes, Comunicação e Hospitalidade. A curadoria ficou por conta do professor Renato Riffel – que teve várias ideias impactantes e muito fotogênicas – e desta testemunha ocular da História que assina esta conversa.

Muita gente fez parte da cena, seja dentro ou fora do palco. E muita gente – que nem viveu a época – aceitou nosso convite e mergulhou em um passado emprestado, que ainda guarda em si um bocado empolgação típica da época. Desconfio que todo mundo sentiu um gostinho do que vivemos.

A reunião de uma das formações do Dabesta.
foto: Luís Brusque

Como bem observou o Telo Graf, a gente podia checar que as pessoas estavam ali, vivendo um presente cheio de passado… porque elas não estavam mergulhadas nos próprios celulares… a não ser para fotografar os painéis e as pessoas que estavam lá. Atualmente, dá para dizer que isso é um bocado raro.

Mas a festa ainda não acabou. Todo sábado, até o encerramento da exposição, no dia 24 de outubro, vai ter um evento no Espaço Graf. No próximo, vai ser a vez do Professor Deschamps falar das letras de música da época sob a ótica da literatura.

Vê se não perde… e nada de “conversar na sala de aula”!