Ok, o assunto é “totalmente semana passada”. Mas ficou no ar. Talvez até você, que está aqui beltranando agora, tenha entrado na onda. Até porque é quase irresistível, quase um pecado, não pegar sua foto de perfil do Facebook e adicionar a ela um bonito e vistoso I ♥ MOM. Quem não ama a mãe? Próximo ao Dia das Mães, então, quem não quer deixar bem claro, bem visível, esse amor unânime?

 

i love mom

 

Dai a clicar no botão “experimente” que aparecia ao lado dos perfis enfeitados pela a data comemorativa, era um pulinho. Uma batida do coração. Mas as pessoas, na atenção seletiva que é uma das características do nosso tempo, nem atentaram para o fato de que, logo abaixo da própria foto, aparecia uma frase: mude sua foto de perfil para mostrar apoio a Susan G. Komen. Coisa bonita de ver, todo mundo mostrando apoio a… mas, licença, quem é essa mulher?

Perguntei. Ninguém sabia. Pelo menos quem mora no Brasil. Consegui duas respostas positivas, ambas de amigas online que moram nos Estados Unidos. Uma delas, da minha xará famosa, também Claudia Beatriz e também Claudia Bia, uma carioca que tem um blog de viagem bem conhecido, o Aprendiz de Viajante. Ela esclareceu que a ONG Susan G. Komen “é muito popular aqui nos EUA, na luta contra o câncer de mama… Organizam varias maratonas e caminhadas”. Ah, certo, é uma causa! Outra amiga disse que cada vez que alguém muda a foto do perfil, a organização ganha uma doação. Sobre isso, restam dúvidas. Mas, com certeza, a colaboração do Facebook, dando essa visibilidade monstra e mundial para a instituição, deve ter gerado muitas doações. Poucas vindas do nosso país, já que a maioria nem reparou que a declaração de amor tinha um motivo.

Agora já sabemos que Susan G. Komen é o nome de uma organização que luta contra o câncer de mama, através de pesquisas, programas de prevenção e apoio. Atua em cerca de 30 países e já movimentou mais de 2 bilhões e meio de dólares. Segundo o site oficial, a ong já conseguiu reduzir em 34% das mortes por câncer de mama, desde 1990. E o objetivo é chegar a 100% de diagnóstico no estágio inicial da doença, para aumentar as chances de recuperação.

sgk

Mas… afinal, quem é Susan G. Komen? Como já ficou fácil de concluir, Susan foi uma vítima do câncer de mama. Foi uma, como gostam de dizer nesses casos, guerreira. Que passou por vários tratamentos, dos menos responsáveis até os mais sérios, mas que, depois de três anos, não sobreviveu à doença. Sua irmã, Nancy Brinker, levou adiante os planos das duas. Ela, pessoalmente, queria dar suporte à pesquisa. Susan queria melhorar o ambiente que as pacientes encontram nos hospitais. E foi assim que a organização começou. Com uma doação inicial de 200 dólares e uma caixa com nomes de possíveis doadores. Ironicamente, alguns anos depois, a própria Nancy Brinker tornou-se uma sobrevivente do câncer de mama.

Pasme: foi essa ONG que criou o símbolo do laço rosa, as corridas para a conscientização e o Outubro Rosa. Não estão brincando. E, afora o nome para nós desconhecido, todas nós, de um jeito ou de outro, temos contato com o trabalho desenvolvido pela ONG. Nancy consegiu fazer uma belíssima homenagem à irmã. Do melhor tipo.

Além dessa causa, o Facebook tem outras opções “oficiais” para quem quer ajudar a divulgar instituições do bem. Vá até este link  e escolha a sua a partir da lista. Se bem que, é bom que se diga, a maior parte do que encontramos ali são imagens ligadas a times de vários esportes. No meio deles, está meio escondida a opção Causas. Talvez alguma combine com a sua visão de mundo…

avatar claudia bia

 

Claudia Bia – jornalista e questionadora do mundo