A gente já havia perdido Paulo Silvino esta semana (que, confesso, estava longe de ser um dos meus comediantes preferidos). Mas nada nos preparou para essa notícia que chegou no meio da tarde de domingo. A morte de Jerry Lewis. Ok, esse é mais um daqueles casos em que a lógica da vida e da morte não deixa escapatória. O ator estava com 91 anos, uma idade em que a morte não deveria surpreender ninguém. Mas a gente se assusta, assim mesmo.

Assusta porque de repente lembra de todas as comédias da Sessão da Tarde e de sessões especiais com filmes dele que a Globo amava passar, nos antigamente. A gente lembra de como era impossível não se deixar levar pelos personagens losers interpretados por ele, desde os tempos da dupla com Dean Martin.

Do Professor Aloprado original. Das cenas inesquecíveis de Errado pra Cachorro.

Do estilo único, que mesmo a personalidade amarga do ator não conseguiu reduzir a importância. Não dá para pensar outra coisa: junto com Jerry Lewis, morreu uma época inteira. Que talvez não resistisse a uma análise moderna, o que é compreensível. Mas fica na História.